INTRODUÇÃO: Vários estudos têm demonstrado a relação entre a prática de exercício físico (EF) e a melhora da qualidade de vida (QV) da população geral. Muitos fatores contribuem para a piora da QV dos pacientes em hemodiálise (HD) e com freqüência encontramos nestes indivíduos uma baixa aptidão para a prática de EF. Nosso objetivo neste trabalho foi estudar a associação do EF com a QV do paciente em HD. MÉTODOS: Estudo transversal com 115 pacientes em hemodiálise no Hospital das Clínicas Samuel Libânio – Pouso Alegre, MG, divididos em 2 grupos: GS: pacientes sedentários; GA: pacientes que realizavam exercício físico regular. Para medida da QV foi utilizado o instrumento SF-36. Foram coletados dados clínicos, socioeconômicos e laboratoriais. Para a análise dos resultados foi utilizada estatística analítica e descritiva. Adotamos 0,05 como nível de rejeição da hipótese de nulidade. RESULTADOS: Não encontramos diferenças entre idade (GS: 53,3 ± 13,0; GA:53,8 ± 13,8); etnia (56% de caucasianos em GS e 60% em GA); hemoglobinemia (GS: 10,3 ± 1,7; GA:10,7 ± 1,9); índice de massa corpórea (GS: 23,6 ± 4,3; GA:24,1 ± 3,8). Quando comparamos os escores dos domínios do SF-36 observamos diferença entre capacidade funcional (GS:53,0 ± 27,5 e GA: 72,4 ± 20,9; p = 0,0001); aspectos físicos (GS:43,1±41,9 e GA: 56,4 ± 33,9; p = 0,05); dor (GS:60,1 ± 27,9 e GA: 70,4 ± 22,8; p = 0,03); vitalidade (GS:53,3 ± 25,1 e GA: 66,1 ± 21,2; p = 0,05) e saúde mental (GS:65,0 ± 26,7 e GA: 76,2 ± 19,2; p = 0,006). CONCLUSÃO: observamos uma relação direta do exercício físico com a qualidade de vida, mas não pudemos estabelecer uma relação de causa e efeito com este estudo