The emerging dichotomy between control and support/monitoring, which takes place when the performance of inspection at schools is at stake, was crucial to the definition of our goal: knowing the perceptions of teachers and inspectors regarding the relationship between them and the impact of this relation in the collaborative work that they must undertake in the context of the monitoring programmes. The methodological option, of a qualitative nature, comprised a case study involving five school clusters. We used questionnaires and semi-structured interviews as data collection instruments. Data were analysed through content analysis and descriptive statistical analysis. In total, the study involved 130 participants, including teachers and inspectors. The research results show the contradictory nature of the multiple activities under the responsibility of this inspection body, which means that inspectors are not always well received by teachers, even if the activities have a different nature from the evaluation and control ones.
Resumo Realizamos uma investigação, que teve como principal objetivo, conhecer as representações de professores, diretores e inspetores a respeito do papel da Inspeção-Geral de Educação e Ciência (IGEC) na melhoria da qualidade da Educação do Sistema de Ensino Português. Esta investigação, de natureza qualitativa, de âmbito fenomenológico-interpretativa, configura um estudo de caso múltiplo, e envolve professores e diretores de 5 Agrupamentos de Escola e 5 inspetores da IGEC, num total de 135 sujeitos participantes. Teve como instrumentos de recolha de dados a entrevista semiestruturada e o inquérito. A análise de conteúdo, tendo-se recorrido ao software NVivo12, foi a técnica utilizada no tratamento das entrevistas e os questionários foram analisados estatisticamente, com recurso programa SPSS. Foi possível concluir que a ação da inspeção se revela mais intensa na dimensão organizacional e menos acentuada na dimensão pedagógica. As representações criadas sobre a IGEC são fortemente influenciadas pelo lugar de poder, a partir do qual ela é acionada.
São reconhecidos os esforços de diversos países na criação de organismos cuja responsabilidade principal é a de garantir o cumprimento de padrões altos de qualidade no ensino que se ministra. Partindo do pressuposto de que as várias propostas teóricas situam a Inspeção da Educação em campos cujos terrenos fazem variar a forma como é percecionada e entendida, foi nosso objetivo realizar uma análise comparativa entre sistemas inspetivos de alguns países, possibilitando a construção de uma teia de características e especificidades que individualizam cada um deles e permite uma maior e mais profunda compreensão do sistema inspetivo português. Foi possível verificar a existência de um corpo inspetivo plural que, a nível organizacional, vai gozando de um maior ou menor grau de dependência em relação ao ministério que serve, revelando o nível de centralização das políticas educativas de cada país e a confiança que é depositada na organização enquanto organismo responsável por garantir e promover uma educação de qualidade.
De forma recorrente, a educação aparece como meio privilegiado ao serviço de uma sociedade mais justa e preocupada com o bem comum. Como tal, o foco na desigual partilha de bens, causa da existência de formas de vida comunitárias distintas, obriga a descobrirmos o racional que enforma a manutenção e, em alguns casos, a intensificação destes fenómenos promotores e provocadores da desigualdade social. Pelo facto, este trabalho de natureza reflexiva tem como propósito abordar a problemática da educação nas regiões e nas escolas de periferia a partir dos conceitos de equidade e justiça na educação, o que só é possível fazendo uma incursão pelas políticas educativas que expressam a hegemonia da racionalidade instrumental, fazendo do mercado o seu princípio orientador. Certos de que estas políticas não conseguem anular, por vezes até fortalecem, as desigualdades sociais, tentamos conhecer as variáveis que justificam os resultados que as escolas de contextos considerados periféricos apresentam quando comparadas com outras de contextos considerados centrais.
Resumo Este artigo teve como objetivo dar a conhecer as funções de coordenação, comunicação e controlo/fiscalização desempenhadas pela Inspeção da Educação, no período que medeia entre a monarquia e a atualidade, percebidas pela tutela como modos de atuação promotores da revitalização e qualificação do sistema de ensino português. Para o efeito, realizamos uma abordagem às diferentes propostas teóricas sobre a Inspeção da Educação e efetuamos uma retrospetiva histórica desse organismo em Portugal ao longo de mais de dois séculos. Os avanços e os recuos político-legais da sua criação não deixaram de evidenciar a luta pela entrada de elementos do sexo feminino no sistema inspetivo português. A reflexão sobre a evolução das suas funções e atribuições à luz das políticas educativas permitu concluir pela dimensão instrumental que lhe é conferida pela avaliação e monitorização que faz nas organizações escolares.
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