Resumo: O Brasil vem instituindo políticas de prevenção e controle da obesidade por meio do Sistema Único de Saúde, e o estudo analisou as características dos “modelos assistenciais” propostos e referidos por profissionais da atenção básica no Estado do Rio de Janeiro. Os métodos incluíram entrevistas e grupos focais com profissionais e gestores da atenção básica e das Áreas Técnicas de Alimentação e Nutrição (ATAN) dos 92 municípios do Rio de Janeiro, e análise documental de normativas federais e estaduais. A análise foi norteada pelas dimensões organizativa e técnico assistencial, e considerou os princípios da atenção integral em saúde. Os principais desafios referidos pelos profissionais estão relacionados com: a adesão aos processos terapêuticos e consequente sentimento de frustração e impotência; a atuação em equipe multiprofissional; e a constatação de despreparo para lidar com a complexidade do processo saúde/doença relacionado com a obesidade. Alguns princípios e diretrizes pautados nos documentos de políticas governamentais são estratégicos para enfrentar esses desafios, especialmente: a corresponsabilização entre profissional e usuário, pois pode contribuir para evitar os extremos da culpabilização e/ou vitimização; a valorização de outros ganhos para além da perda de peso, que pode ressignificar a concepção de adesão ao tratamento; a atuação multiprofissional para que se desenvolva uma compreensão contextualizada do processo saúde/doença e seus múltiplos condicionantes, e para que os profissionais consigam lidar com os seus próprios sentimentos e estigmas em relação à pessoa com obesidade.
OBJECTIVE: To evaluate the impact of an intervention that promoted the consumption of fruits and vegetables on the intake of these products by students and teachers in Rio de Janeiro (RJ), Brazil. METHODS: This is a one-group pretest-posttest study of students and teachers from elementary public schools in Rio de Janeiro. The intervention included a training course for promoting healthy eating; distribution of educational materials; and holding of a one-day health fair. We assessed the activities that had been carried out, teachers' habitual fruits and vegetables intake, students' fruits and vegetables intake at school, and intervention-related issues. RESULTS: Before the intervention, 65.1% of the students consumed the school lunch and most (>79.4%) accepted and consumed the fruits and vegetables served. Most teachers (>75.0%) consumed fruits and other vegetables regularly, but only 36.4% consumed leaf vegetables regularly. The intervention was implemented only moderately (52.7%) but was well accepted by the teachers. The students of schools that implemented the intervention more extensively showed better acceptance of vegetables (p=0.009). Teachers' fruits and vegetables intake did not change. CONCLUSION: Students' fruits and vegetables intake changed modestly. This study contributes to the design of intervention studies for Brazilian schools because it coordinated the National School Food Program with educational activities.
Formação e práticas em saúde de fonoaudiólogos inseridos em serviços públicos de saúdeUndergraduate education and health practices of speech and language pathologists working in public health services
Resumo: O presente artigo analisa as ações de prevenção e controle do sobrepeso e da obesidade que vêm sendo desenvolvidas nos 92 municípios do Estado do Rio de Janeiro, Brasil, com base em princípios que fundamentam a tipologia clássica de políticas públicas desenvolvidas por Lowi e a Linha de Cuidado do Sobrepeso e Obesidade, valendo-se das seguintes dimensões de análise: programas e ações de prevenção e controle da obesidade, caracterização das macropolíticas segundo a tipologia de Lowi e caracterização das ações segundo princípios da Linha de Cuidado do Sobrepeso e Obesidade. O estudo é parte de uma pesquisa realizada entre 2014 e 2018 que teve como objetivo identificar as estratégias adotadas e os desafios enfrentados para consolidar as ações previstas na Linha de Cuidado do Sobrepeso e Obesidade, com base nos métodos de análise de dados secundários e documentos governamentais; busca nos sites oficiais dos municípios; entrevistas, grupos focais e questionários eletrônicos com profissionais e gestores de saúde. Os documentos apontam uma série de ações como a consulta individual, grupos de apoio, academia da saúde, programa saúde na escola, entre outros, que foram reforçadas pelas narrativas dos entrevistados. Mesmo diante de tantas iniciativas, os municípios do Estado do Rio de Janeiro passam por desafios como recursos humanos reduzidos e estrutura de unidades e equipamentos de saúde precários. Para que haja maior mobilização em relação às ações frente à obesidade, o tema deve ser tratado de forma particular nas agendas estaduais e municipais, e não dissolvido dentro de outras ações e programas.
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