Este é um artigo de acesso aberto, licenciado por Creative Commons Attribution License (CC-BY 3.0), sendo permitidas reprodução, adaptação e distribuição desde que o autor e a fonte originais sejam creditados. RESUMO Opondo-se à noção representacional da linguagem e tomando-a como prática na construção de sentidos, a ideia de Jogos de Linguagem proposta por Wittgenstein possibilita uma concepção relacional e constitutiva das interações humanas, incluindo em um único construto as linguagens, as ações e o contexto. Situando-os no quadro metodológico da Análise Situacional formulada por Clarke (2005) no âmbito da Grounded Theory, proponho seu uso como ferramenta analítica para abordar a comunicação política no terreno discursivo da apologia do crime, tomando-os como heurísticos para as junções onde as interações e as condições se articulam, combinando elementos materiais e simbólicos nas práticas cotidianas.
Este artigo aborda a violência programática no mundo do crime como problema de comunicação política enraizado em contextos de violência social estruturante,atravessados pelo narcotráfico. A formulação do problema considera dimensões da vida do sujeito inserido no mundo do crime, fora ou dentro do sistema prisional, tendo a comunicação como interface e prática social, bem como dimensões políticas, presentes nos conflitos e nas negociações com o poder público e a sociedade. Os resultados, apresentados em um mapa situacional, indicaram semelhanças e continuidades, tanto na estruturação do PCC e nas ações de pressão e negociação durante os conflitos em São Paulo em 2006, como nas mensagens expressadas na apologia do crime, indicadoras da formação dos novos contingentes do narcotráfico.
A Heloíza, sempre presente. A Daniella, pelo apoio técnico e pela amizade paciente. A Dirce, por me fazer as perguntas que me levavam de volta para mim mesma. Ao Francisco, por compartilhar tempo e entusiasmo em conversas metodológicas. A Patricia, pelas trocas teóricas e conversas enquanto remávamos nossos barcos. Aos colegas integrantes do grupo de pesquisa Comunicação Pública e Comunicação Política COMPOL, coordenado pela Profa. Dra. Heloiza Helena Matos e Nobre, cujas reuniões foram espaços de discussão importantes para avanços teóricos e metodológicos. À Universidade de São Paulo, e em especial à sua Escola de Comunicações e Artes e ao seu Instituto de Psicologia, pelo acolhimento. Agradeço aos professores que me acompanharam em minha trajetória com dedicação e carinho. A todos os meus amigos e familiares que tiveram que esperar, esperar, esperar...
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