RESUMO -A coparentalidade implica num interjogo de papéis que se relaciona com o cuidado global da criança, envolvendo responsabilidade conjunta dos pais pelo bem-estar desta. Foi realizado um estudo qualitativo com pais e com mães separados/ divorciados, enfocando a temática da educação e da coparentalidade após o divórcio. Os resultados apontaram para a importância das variáveis conjugalidade e vínculos pais-filhos no exercício da coparentalidade, sendo esta atravessada também pela coabitação, o sexo dos pais e filhos e as condições financeiras dos progenitores. Revelaram, também, pais mais participativos ou desejosos de participar na educação dos filhos, bem como mães mais satisfeitas com a guarda e menos culpadas com suas escolhas, comparados com outros relatos da literatura, evidenciando um novo cenário pós-divórcio.Palavras-chave: coparentalidade; divórcio; conjugalidade; vínculos; família.Father's home, Mother's Home: Co-parenting after Divorce ABSTRACT -Co-parenting implies an interplay of roles that is related to the child global care, and involves parents' joint responsibility for the child well being. It was carried a qualitative study with separated\divorced fathers and mothers, focusing on the theme of education and co-parenting after divorce. The results pointed to the importance of connubial relations and parents-children bonds in the exercise of co-parenting. Moreover, co-parenting is also crossed over by cohabitation, parents and children's gender and the financial conditions of the progenitors. In this study, as compared to the literature, fathers were more participative or willing to participate in the education of their children, and mothers were more satisfied with the guard of their children and less guilty of their choices, thus demonstrating new post-divorce scenery.Keywords: co-parenting; divorce; connubial relations; bonds; family. casal, permanecem unidos pelos laços parentais, devendo compartilhar a tarefa comum de educar os filhos (Carter & McGoldrick, 1980. A literatura aponta que esta é uma das grandes dificuldades no divórcio: separar conjugalidade e parentalidade. A redefinição do envolvimento emocional dos dois indivíduos é um processo prolongado, que gera falhas nas fronteiras do relacionamento e conflitos pós-divórcio (Hackner, Wagner & Grzybowski, 2006). Os papéis e regras parentais precisam ser (re)definidos, pois têm implicação direta na relação coparental. A parentalidade implica numa série de responsabilidades essenciais para com os filhos, tais como garantir a satisfação das necessidades econômicas e materiais, oferecer orientação e instrução, exercer autoridade, promover trocas afetivas e partilhar experiências do dia-a-dia (Thompson & Laible, 1999).O termo 'coparentalidade' (do inglês coparenting) foi introduzido por Bohannan na década de 70, referindo-se a aspectos do divórcio que se relacionam com os filhos (Ahrons, 1981). Recentemente, Madden-Derdich e Leonard (2002a) também definiram a coparentalidade como o nível de interação que os ex-cônjuges relatam ter um com ...
ResumoApoiados no modelo ecológico-contextual e no conceito de envolvimento parental, este artigo se propõe a discutir as práticas parentais de pais e mães separados/divorciados com seus filhos. Para tanto, foram pesquisados 234 sujeitos (117 pais/117 mães) com filhos em idade escolar, que responderam o Inventário de Práticas Parentais. Tal instrumento avaliou o envolvimento parental em 5 áreas: envolvimento afetivo, envolvimento didático, envolvimento social, envolvimento disciplinar e responsabilidade. Os resultados evidenciam maior envolvimento materno do que paterno com os filhos após o divórcio, tanto direto (cuidados, interação) quanto indireto (monitoramento, preocupação). A coabitação com a mãe mostrou ser uma variável significativa associada ao maior envolvimento dela em atividades no espaço privado/ doméstico, enquanto os pais tiveram maior envolvimento no espaço público/social. Características contextuais (coabitação, freqüência de visitas) e características dos pais (ocupação, escolaridade, questões afetivo-conjugais) mostraram-se fortemente associadas ao envolvimento parental após o divórcio. Palavras-chave: Práticas parentais; Envolvimento parental; Divórcio; Pais; Mães. AbstractBased on the ecological-contextual model and on the concept of parental involvement, this article proposes to discuss the parental practices of separated/divorced fathers and mothers towards their children. In order to do so, 234 subjects (117 fathers/117 mothers) with children at school were interviewed via the Parental Practices Inventory. Such instrument evaluated the parental involvement in 5 areas: affective involvement, didactic involvement, social involvement, disciplinary involvement and, responsibility. The results showed greater maternal involvement with children after the divorce: direct (care, interaction) and indirect (monitoring, preoccupation). The cohabitation with the mother revealed itself as a significant variable associated to her greater involvement with activities in the private/domestic environment while fathers had greater involvement in the public/social space. Contextual characteristics (cohabitation, frequency of visits) and characteristics of the parents (occupation, education, affective and conjugal issues) showed to be strongly associated with the parental involvement after divorce.
RESUMO O Programa de Educação pelo Trabalho (PET) desenvolvido na UFCSPA, apoiado na proposta da política da Rede Cegonha, realizou diversas atividades com vistas à qualificação da rede de atenção à saúde materno-infantil da Zona Norte da cidade de Porto Alegre (RS). O PET-Saúde/SubprojetoRede Cegonha auxiliou na integração e articulação dos diferentes níveis de KEYWORDS-Health Education.-Health Human Resource Training.-Maternal and Child Health.-Health Care.. ABSTRACT The Education Through Work Program (Programa de Educação pelo Trabalho -PET), developed at
Resumo. O período de adaptação, em uma adoção, traz algumas características próprias, que geram desafi os para a família. Nas adoções de crianças com idade acima de dois anos, tal período pode se apresentar ainda mais complexo, sendo sua superação fundamental para o êxito da adoção. Dessa forma, foi realizado um estudo com três casais que realizaram adoção de crianças com mais de dois anos de idade, com o objetivo de conhecer sentimentos, percepções, dúvidas, anseios, difi culdades e alegrias vivenciadas nos primeiros tempos de convivência das famílias constituídas pela adoção. Nesses casos de adoção tardia, a análise das entrevistas com os casais revelou que muitos fatores contribuíram para o sucesso da adaptação inicial e da adoção como um todo, com destaque para as características dos adotantes e das crianças. Da parte da criança, mostrou-se positivo o fato de ela já saber de sua história de adoção e de ter consciência do rompimento com a família de origem. Em relação aos adotantes, os aspectos facilitadores foram a fl exibilidade em relação às peculiaridades da adoção de crianças maiores e o respeito às suas características, sua capacidade de demonstrar afeto, a postura de naturalidade em relação à adoção, a inserção da criança nas atividades sociais da família e o apoio da família extensa. Não foram referidos pelos entrevistados fatores difi cultadores da adaptação em si, mas os casais citaram a demora para a concretização da sentença de adoção como fator gerador de ansiedade. O estudo mostrou uma faceta positiva da adoção tardia, evidenciando o potencial de viabilidade e o êxito nessas situações.
Introdução: A qualidade dos cuidados relativos à gestação, ao parto e ao puerpério contribui para a saúde materno-infantil. Métodos: Estudo quantitativo, exploratório e transversal, que levantou o perfil de 87 puérperas e avaliou o seu grau de satisfação com a assistência gravídico-puerperal. Resultados: As puérperas tinham entre 20 e 29 anos (47,1%), companheiro(a) (90,8%), ensino médio completo (32,2%) e atividade profissional (42,5%). A maioria teve até duas gestações (63,2%), sendo 40,2% a taxa de cesariana no último parto. Discussões: Constatou-se maior satisfação quanto ao atendimento recebido na internação em comparação ao pré-natal, o que se relacionou à presença de acompanhante no parto e ao contato permanente com o recém-nascido. Informações sobre amamentação foram avaliadas como muito satisfatórias, enquanto a maior insatisfação relacionou-se à falta de espaço para relatar sentimentos e preocupações nas consultas pré-natais. Conclusões: Esses achados indicam a importância de abordar os aspectos emocionais e relacionais no acompanhamento pré-natal e ao nascimento.
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