Este artigo analisa a distribuição espacial e temporal dos homicídios no Brasil a partir dos anos 1980, quando se verifica forte incremento nas taxas de homicídios, bem como sua evolução nas três décadas seguintes, 1990, 2000 e 2010, quando ocorrem processos distintos, tais como: queda, crescimento e estabilização nas diferentes regiões do país. A fonte principal dessa primeira parte são as seguidas edições do Mapa da violência (WAISELFISZ, 1998(WAISELFISZ, , 2004(WAISELFISZ, , 2006(WAISELFISZ, , 2007(WAISELFISZ, , 2008(WAISELFISZ, , 2010(WAISELFISZ, , 2011. Além da análise da distribuição espacial e temporal, o artigo aborda a tese da interiorização difundida por esses estudos. Em seguida, a partir de um período mais concentrado (1999 a 2006), é realizada a análise geográfica dos homicídios no Brasil no contexto de suas macrorregiões, explorando e qualificando os fenômenos da "interiorização" e "disseminação da violência". Para tanto, são utilizados os registros de homicídios do Sistema de Informações sobre Mortalidade do Ministério da Saúde para a produção de taxas de risco e mapeamento coroplético no plano municipal. A tese mais geral é de que a reorganização da violência no território nacional estudada pelos registros dos homicídios revela um processo complexo que vai além do que se convencionou a chamar de interiorização da violência. Há uma reorganização que obedece a algumas lógicas de aglomeração, com presença de claros efeitos de contágio e formação de clusters de homicídios em áreas que, nos últimos anos, apresentaram algum dinamismo econômico ou reorganização do espaço em virtude de mudanças em suas formas de usos e funções.Palavras-chave: Homicídios. Interiorização. Disseminação. Reorganização espacial. Brasil.
Os conteúdos deste periódico de acesso aberto estão licenciados sob os termos da Licença Creative Commons Atribuição-UsoNãoComercial-ObrasDerivadasProibidas 3.0 Unported. Civitas Porto Alegre v. 13 n. 2 p. 381-402 maio-ago. 2013 Efeito-território Explorações em torno de um conceito sociológico Neighborhood effects Explorations about a sociological concept
O texto tem como objetivo principal analisar as recentes mudanças na ordem espacial das regiões metropolitanas brasileiras e, em particular, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Inicia-se com um diálogo com a literatura internacional sobre o tema, para, em seguida, mostrar os debates nacionais. Tem, como referente empírico, uma série de estudos e índices construídos a partir dos resultados do Censo Demográfico de 2010. Mostra como o modelo dual centro versus periferia é limitado para a compreensão da atual ordem socioespacial das metrópoles brasileiras; identifica mudanças significativas ocorridas nas últimas décadas, mas chama a atenção também para várias continuidades no que se refere às desigualdades socioespaciais.
Resumo O artigo tem como tema central as intervenções urbanas em grandes cidades mediadas pela cultura. Tais intervenções visam à promoção das cidades com objetivos econômicos comoOs projetos de intervenção urbana para a promoção das cidades têm-se utilizado, com muita frequência, da cultura e das parcerias público-privadas. Trata-se de uma estratégia urbana que visa promover as cidades e seus gestores com o objetivo de atrair investidores, habitantes ou turistas, dependendo de como as cidades se colocam no atual "mercado de cidades", seja como cidade de negócios, de eventos, de serviços, da cultura, do lazer. Entre os vários expedientes utilizados, estão as obras monumentais e/ou simbólicas, novas ou reformadas. Outro expediente são os investimentos em bens culturais como os museus, que, por essa razão, passaram a ser objeto de disputas entre governantes como mais uma forma de promover suas cidades. Internacionalmente, temos o exemplo do Museu Guggenheim, com sedes em Nova York, Bilbao, Veneza e Abu Dhabi. No Brasil, temos o Centro Cultural do Banco do Brasil, que, depois da sua implantação no Rio de Janeiro, passou a ser reivindicado por várias outras cidades e, hoje, conta com sedes em São Paulo, Brasília e Belo Horizonte.Neste artigo, vamos discutir o Circuito Cultural Praça da Liberdade (CCPL), um conjunto de museus e centros culturais na cidade de Belo Horizonte, como
Resumo Este artigo apresenta alguns resultados da comparação da estrutura socioespacial das 15 principais regiões metropolitanas brasileiras e de sua evolução no período entre 2000 e 2010. A análise aborda prioritariamente o fenômeno de concentração dos grupos de mais alto status nos espaços superiores dessas metrópoles, configurando a sua hipersegregação. Hipóteses explicativas para esse processo são apresentadas a partir da análise específica da Região Metropolitana de Belo Horizonte, cuja composição social é muito próxima da composição média das 15 RMs estudadas e para a qual há dados específicos sobre dinâmica imobiliária, índice de qualidade de vida e mobilidade residencial. A histórica atratividade das áreas centrais intensificou-se na década de 2000, mantendo-as como localização preferencial dos investimentos imobiliários de alto padrão.
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