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Neste artigo analiso o fenómeno da colonialidade económica, observando os seus impactos no tecido social e o modo como atinge particularmente a vida das mulheres – nomeadamente as subalternas, estejam elas nas periferias das grandes cidades do mundo ou constituam minorias numéricas ou simbólicas no Sul ou Norte globais. Interessa-me verificar de que modo as colonialidades económica e de género interagem, acentuando a situação de desigualdade em que se encontram estas mulheres. Por fim, indago em que medida as economias feministas podem vir a dialogar mais estreitamente com as teorias pós-coloniais – em particular os estudos pós-coloniais da Economia – e com as epistemologias do Sul, de modo a expor as contradições do discurso moderno de desenvolvimento. Argumento que as economias feministas podem beneficiar da perspetiva pós-colonial e das epistemologias do Sul para analisar as inconsistências da universalização deste discurso e a dinâmica interseccional que conecta questões de género, raça/etnia e classe no âmbito da Economia.

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As it is considered a flow zone, nobody pays attention to flyovers in the cities nor to their regular inhabitants, homeless people. Regardless of their social invisibility, homeless people do not solely adopt strategies to fight against marginalisation but also attempt to achieve certain economic autonomy. This paper focuses on a local economic experience, where homeless people, under a large Brazilian flyover, get together to actively participate in an exchange fair where a social currency is used. I argue that we must draw attention to the emergence of different and complex forms of collaborative work and collective consumption, since they may rescue citizenship, promote a certain kind of economic autonomy, and constitute a powerful tool against social invisibility. I also discuss the different consumption perspective that has been consolidated through this initiative, by bringing forward other forms of consumption not based on social distinction.