As escolas cívico-militares são instituições não militarizadas, mas que contam com uma equipe militar atuando na função de tutores. Em 2019 foram anunciadas algumas escolas adotantes deste formato de ensino, trazendo assim, a necessidade de se buscar compreender os efeitos e as possibilidades que envolvem este modelo. Dentro deste contexto esse material apresentou a seguinte questão norteadora: o que a literatura ressalta em relação ao processo de militarização das escolas públicas brasileiras? Tendo como objetivo verificar as evidências e reflexões em estudos recentes que tratam sobre a militarização das escolas públicas brasileiras Como metodologia, foi realizada uma pesquisa bibliográfica no banco de periódicos da Capes por artigos que tratam sobre a militarização das escolas públicas a partir do Decreto nº 10.004 de 05 de setembro de 2019, que sanciona a transformação de escolas públicas em Cívico-militares. Como resultados, constatou-se que a maioria dos estudos encontrados são de cunho bibliográfico limitando assim, as reflexões sobre os desdobramentos desse modelo de ensino. De modo geral, foi possível observar que por mais que a proposta das escolas cívico-militares seja direcionada para a promoção de uma educação de qualidade em regiões com situação de vulnerabilidade social e baixo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica, a literatura demonstra que a militarização das escolas públicas brasileiras têm interferido diretamente na prática pedagógica, sendo defendido, por alguns autores, como um modelo inconstitucional, por violar os tratados internacionais assinados pelo Brasil e um artigo da Lei de Diretrizes e Bases, além de evidenciar as marcas causadas pelas desigualdades e pelo não acesso à educação, que é um direito social e de todos.
Este artigo discute o evento da invasão do Capitólio em 06 de janeiro de 2021 e o relaciona à permanência, no tempo presente, dos traumas coletivos da Guerra de Secessão e da posterior Reconstrução. A pesquisa analisa esses processos como inconclusos e, portanto, como “feridas abertas” na memória política e na organização social dos Estados Unidos que, tendo atravessado os tempos, acabaram por determinar o caráter excludente da democracia representativa e por perpetuar a violência física, psicológica e institucional contra as pessoas negras do país. A pesquisa teve como principais fontes primárias os discursos inaugurais dos presidentes do país, analisados em perspectiva de longa duração e relacionados a debates historiográficos sobre democracia, segregação racial e Guerra Civil. Os resultados apontam para o fato de que, tanto no desfecho da Guerra Civil quanto do processo de Reconstrução, os acordos entre as elites brancas dos estados prevaleceram em detrimento da ampliação da cidadania para a população negra, o que tem impactado diretamente na permanência de ideias supremacistas e antidemocráticas no seio da sociedade estadunidense.
Palavras-chave: Estados Unidos - História - Guerra Civil, 1861-1865; segregação; Estados Unidos - política e governo; democracia
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