Em virtude do aumento da longevidade de cães e gatos, distúrbios de caráter senil têm sido mais recorrentes, como as neoplasias. A fim de se obter melhores resultados na terapêutica oncológica, surge a eletro quimioterapia (EQT) como tratamento localizado de tumores, que associa fármacos quimioterápicos a impulsos elétricos. Dessa forma, objetiva-se discutir os aspectos terapêuticos do emprego da EQT em animais de companhia, com destaque no melanoma oral, mastocitoma cutâneo e carcinoma de células escamosas. A EQT se caracteriza por apresentar eletroporação com intensidade de alta voltagem, tempo de aplicação ultracurto, com uso associado de quimioterápicos, como a bleomicina e cisplatina, para promoção de apoptose e necrose tecidual. É de extrema importância se ater a particularidades de cada espécie, a via de administração, o tamanho tumoral, a dosagem e os efeitos colaterais dos fármacos. Efeitos secundários imunológicos e vasculares, por lesão ao tecido endotelial e vasoconstrição, são apontados de forma benéfica no controle tumoral. Distintos eletrodos com diferentes configurações e recomendações de utilização podem ser empregados, como eletrodos em placa ou eletrodos agulha lineares, ou hexagonal. A técnica de EQT promete menores efeitos colaterais e intervenção menos invasiva, quando comparado com procedimento cirúrgico e radioterapia.
A presente revisão tem por objetivo aprimorar os conhecimentos sobre o estresse em gatos, visando a compreensão da natureza felina, seu histórico de domesticação e a influência do estresse em parâmetros comportamentais e exames complementares. Apesar da relação “gato-humano” ser antiga, este é considerado o animal mais recentemente domesticado dentre as demais espécies domésticas. Por não exercerem um papel na sociedade que exigisse ganho ou melhoramento genético, sua seleção artificial foi extremamente sutil, o que permitiu que sua morfofisiologia e comportamento permanecessem semelhantes à dos seus ancestrais selvagens. Os gatos domésticos são animais naturalmente mais susceptíveis ao estresse, e ao serem levados para a consulta veterinária o animal se torna ansioso e assustado por diversos fatores ambientais. Frente a essa situação, são ativados mecanismos de defesa, que se caracterizam por excitação emocional com aumento na produção e liberação de catecolaminas e glicocorticoides, provocando manifestações sistêmicas que cursam com distúrbios fisiológicos e psicológicos no animal. É comumente observado alteração em parâmetros físicos como taquipneia, hipertermia e taquicardia. Os resultados de exames complementares também sofrem alterações, podendo haver irregularidade na concentração das células sanguíneas no hemograma, aumento na dosagem de glicose e pressão arterial sistêmica, o que dificulta um diagnóstico preciso pelo médico veterinário.
Cães e gatos podem sofrer estresse agudo durante atendimento clínico veterinário. Como consequência, o exame clínico do paciente pode ser prejudicado, e alguns exames complementares podem sofrer influência do estresse e apresentarem alterações, com prejuízo à sua interpretação. Além disso, a geração do estresse pode reduzir a frequência com que os pets são levados à consulta veterinária e a aderência do tutor ao tratamento. Além disso, aumenta o risco de acidentes, como mordidas e arranhões, e o animal é condicionado de forma negativa. Por este motivo é importante conhecer a linguagem corporal de cães e gatos na rotina clínica, saber interpretá-los de acordo com a situação, e saber como agir diante delas. O preparo do ambiente para receber os animais de forma mais amigável também é essencial para reduzir o nível de estresse de cães e gatos em atendimento veterinário. Logo, objetivou-se com este estudo realizar uma revisão de literatura sobre as técnicas para redução do estresse no atendimento clínico de cães e gatos.
Substâncias antioxidantes podem proteger contra o desenvolvimento do câncer colorretal, reduzindo focos de criptas aberrantes (FCA) e o desenvolvimento neoplásico. O fruto da palmeira juçara possui consideráveis níveis de compostos antioxidantes, como as antocianinas. Desta forma, objetivou-se avaliar os efeitos da suplementação com produtos à base da polpa do fruto juçara sobre os FCA, bem como o desenvolvimento e características histopatológicas de neoplasias colorretais em modelo in vivo de carcinogênese colorretal. Assim, a indução carcinogênica colorretal ocorreu com 1,2-dimetilhidrazina (DMH) em 31 ratos distribuídos em três grupos: Grupo controle positivo (DMH+/Juçara-); Grupo suplementado com polpa do fruto juçara (DMH+/Juçara+); Grupo suplementado com extrato do fruto juçara (DMH+/Juçara Extract). Outros 10 ratos foram mantidos como controle negativo (DMH-/Juçara-). O suco e extrato liofilizado reconstituído da polpa do fruto juçara, na proporção 1:10 equivalente a 0,10708 mg/mL de cianidina-3-glicosídeo, foram disponibilizados três vezes por semana, por gavagem, durante 18 semanas, considerando 1 mg/Kg de cianidina-3-glicosídeo. Na 10ª semana foram avaliados os FCA. Na 23ª semana foram analisadas as lesões macroscópicas acima de 0,1 cm em sua maior porção em mucosa intestinal, por meio da histopatologia. Houve redução significativa no número total de FCA (p = 0,0151) e no número de FCA com mais de 3 criptas (p=0,0049) no grupo DMH+/Juçara+ quando comparado ao grupo DMH+/Juçara-. O percentual de redução dos FCA total foi de 50,12% no grupo DMH+/Juçara+, e 23,23% no grupo DMH+/JuçaraExtract. Quanto aos FCA > 3, a redução foi de 64,02% no grupo DMH+/Juçara+ e de 21,34% no grupo DMH+/JuçaraExtract. Lesões benignas predominaram nos grupos induzidos à carcinogênese colorretal e não foram dependentes da suplementação com produto à base da polpa do fruto juçara. Foram observados adenocarcinoma tubular colorretal, esse com o desenvolvimento reduzido com a suplementação com produtos à base da polpa do fruto juçara (principalmente com o extrato liofilizado); e o adenocarcinoma anel em sinete, com desenvolvimento favorecido pelos produtos oriundos da polpa de juçara. A inflamação no microambiente tumoral sofreu influência da suplementação com produtos à base da polpa do fruto juçara, com destaque para a diminuição de inflamação intensa e ganho no abrandamento da inflamação no grupo DMH+/Juçara+. Os produtos à base da polpa do fruto juçara influenciaram a dinâmica da tumorigênese colorretal, promovendo, principalmente, a redução dos focos de criptas aberrantes com o uso do suco da polpa. Além disso, foram capazes de reduzir o aparecimento de adenocarcinoma tubular colorretal e a intensidade da inflamação no microambiente tumoral, porém, favorecendo o surgimento de adenocarcinoma anel em sinete.
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