Através de extensa revisão bibliográfica, entrevistas com pedagogos vocais dos EUA e do Brasil, além de prática musical e pedagógica, o autor analisou as bases fisiológi- cas e artísticas do canto contemporâneo que é utilizado na música popular norte-ameri- cana em seu estilo de produção mais controverso, o belting. A importância de se conhecer mais sobre este estilo é clara, pois modelos vocais vindos dos EUA são frequentemente usados sem rigor ou treinamento em musicais e espetáculos e na música vocal brasileira, ocasionando inconsistência de timbres, problemas de saúde e perda de qualidade vocal. Os resultados desta pesquisa indicam que o cantor deve aprender a alterar o trato vocal e a intensidade vocal de maneira sutil para que não cubra demais a voz ou fique em situa- ção de “violação de registro” (MILLER, 2000), mantendo o timbre esperado para o estilo, com resistência e saúde.
O Bel Canto, como o próprio nome diz, tem como princípio básico a beleza da voz, sua plasticidade e perfeição encarnadas numa elegante distribuição de harmônicos que resultam em um timbre aveludado e redondo, além de uniformidade e leveza. A precisão do timbre deve ser o objetivo primevo do cantor, que deverá demonstrar emoções com a ajuda da escrita vocal do compositor e de sua flexibilidade e técnica vocal, amadurecida durante anos e muitas vezes décadas de estudo diário que proporcionarão um controle absoluto do “appoggio”, ou controle da respiração, e, portanto, uma capacidade invejável de cantar notas sustentadas ou em agilidade, utilizando-se de embelezamentos de todo tipo e forma, característicos da música barroca.
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