Hundreds of gullies ('voçorocas') of huge dimensions (up to 400-500 m long, 150 m wide and 50 m deep) are very common in the small Maracujá Catchment in southeastern Brazil. These erosional features, which occur with an uneven intensity throughout the area, started due to bad soil management practices at the beginning of European settlement, at the end of the 17th century, and nowadays are still evolving, but at a slower rate. As surface soils are usually very resistant to erosion, the outcrop of the more erodible basement saprolites seems to be an essential condition for their beginning. An analysis of well known erosion controlling factors was performed, aiming to explain the beginning and evolution of these gullies and to understand the reasons for their spatial distribution. Data shows that geology and, mainly, geomorphology are the main controlling factors, since gullies tend to be concentrated in basement rock areas with lower relief (domain 2) of Maracujá Catchment, mainly at the fringes of broad and flat interfluves. At the detailed scale (1:10 000), gullies are more common in amphitheatre-like headwater hollows that frequently represent upper Quaternary gullies (paleogullies), which demonstrate the recurrence of channel erosion. So, gullies occur in areas of thicker saprolites (domain 2), in places with a natural concentration of surface and underground water (hollows). Saprolites of the preserved, non-eroded hollows are usually pressurized (confined aquifer) due to a thick seal of Quaternary clay layer, in a similar configuration to the ones found in hollows of mass movement (mudflow) sites in southeastern Brazil. Therefore, the erosion of the resistant soils by human activities, such as road cuts and trenches ('valos'), or their mobilization by mudflow movements, seem to be likely mechanisms of gullying initiation. Afterwards, gullies evolve by a combination of surface and underground processes, such as wash and tunnel erosion and falls and slumps of gully walls.
RESUMOAs voçorocas são freqüentes em áreas com rochas do embasamento cristalino. A evolução destas feições é sempre fortemente condicionada pelos processos de erosão hídrica subsuperficial, embora os processos superficiais também sejam importantes. Este trabalho objetivou investigar os processos erosivos subsuperficiais atuantes nas voçorocas e compreender que fatores mineralógicos e texturais poderiam influenciar a erodibilidade dos saprolitos. Para tanto, foram realizados ensaios de caracterização e de avaliação da erodibilidade em amostras representativas, sendo o principal destes o ensaio de furo de agulha. Os resultados indicam que a erosão por carreamento não ocorre e que os saprolitos apresentam susceptibilidade variável à erosão por piping, mesmo quando derivados de uma mesma unidade litológica, mas superior à do horizonte B latossólico. Dados preliminares indicam que os saprolitos mais susceptíveis à erosão por piping são os de textura siltosa (determinados em ensaios granulométricos sem defloculante e agitação) e pobres em minerais agregadores, como os argilominerais.Termos de indexação: solo, erosão, voçoroca, textura, horizonte B. SUMMARY: ERODIBILITY ANALYSIS OF GNEISS SAPROLITE
This paper presents an analysis of the geochemistry of superficial waters in the Itacolomi ResumoEsse trabalho apresenta uma avaliação geoquímica das águas superficiais do Parque Estadual do Itacolomi, relacionando-a com os cenários geológicos e com a geoquímica dos solos. Foram coletadas 36 amostras de solo de diferentes profundidades em pontos localizados em áreas representativas das diversas unidades litológicas. Também foram selecionados 18 pontos de amostragem de água em trechos com diferentes padrões de drenagem. Os elementos maiores e traços foram determinados por ICP-OES. Nas amostras de água, foram, também, determinados os parâmetros físico-químicos. Os resultados demonstram que a geologia exerce grande influência nas características químicas do solo e das águas superficiais da região. A comparação com valores-padrões definidos pelas normas CETESB 195/05 e CONAMA 357/05 indica concentrações anômalas de diversos elementos, possibilitando a comprovação da influência geológica e pedológica na qualidade das águas, já que a área de estudo é uma unidade de conservação livre de interferências antrópicas. Além disso, também foi possível observar a inadequação dessas normas em relação aos parâmetros de qualidade, que não consideram os fatores geológicos. Palavras-chave:Geoquímica, interação água-rocha, Parque Estadual do Itacolomi, background geoquímico, caracterização ambiental.
Neste trabalho procurou-se caracterizar os processos erosivos e as taxas históricas de evolução de uma voçoroca em área de gnaisses do Complexo Bação, Quadrilátero Ferrífero (MG), na bacia do alto rio das Velhas. Na área predominam latossolos vermelho-amarelos, com horizontes superficiais areno-argilosos, pouco erodíveis, sobre saprolitos areno-siltosos, muito erodíveis. A evolução erosiva, avaliada por aerofotogrametria e em campo, indicou que a voçoroca, inicialmente de forma linear e de evolução lenta (entre 1951 e 1977), passou a adquirir forma mais anfiteátrica e a avançar mais rapidamente entre 1977 e 1986. Esta mudança pode ser explicada pela superação de um nível de base local (knickpoint). Entre 1986 e 2006, as taxas de avanço decresceram, possivelmente em função da diminuição da área de contribuição à montante. Os principais processos erosivos identificados na voçoroca foram: erosão hídrica superficial (laminar; em sulcos; em alcovas de regressão; e salpicamento); escorregamentos rotacionais que envolvem todo o talude; escorregamentos planares nos segmentos com rocha alterada; queda de blocos de solo; rastejos, nos sopés dos taludes com exfiltração do lençol freático, que podem resultar em pequenos escorregamentos rotacionais. Os processos de erosão são mais intensos no período chuvoso, mas os rastejos e pequenos escorregamentos são igualmente freqüentes na estiagem, quando o lençol freático atinge a cota máxima. O monitoramento hidrossedimentológico na voçoroca incluiu a coleta diária de dados: pluviométricos; de vazão na drenagem interna; de sedimentos transportados; e do nível do lençol freático. O transporte de sedimentos se correlaciona mais com os dados pluviométricos e menos com os dados de vazão, talvez porque nos meados do ano o fluxo de base, de menor erosividade, é mais intenso. Como os taludes mais ativos são aqueles sob exfiltração do lençol freático, a voçoroca tem avançado não só de acordo com o aclive topográfico, mas também no sentido do afluxo de águas subterrâneas. Comprovou-se que as voçorocas podem modificam o regime hidrológico e o padrão de transporte de sedimentos de pequenas bacias hidrográficas. Seu controle, que exige a utilização de obras estruturais, é essencial para a recuperação destas áreas degradadas pela erosão.
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