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Esta pesquisa objetivou verificar reflexos da pandemia da COVID-19 na execução orçamentária das universidades públicas estaduais brasileiras em 2020, em relação a 2019. Para tanto, baseamo-nos na Teoria da Contingência (Freitag et al., 2021; Lopes & Passos, 2015); bem como na Lei n° 4.320/64 e em normas que regem a contabilidade pública no Brasil, como o Manual de contabilidade Aplicado ao Setor Público (MCASP) e as Normas Brasileiras de Contabilidade do Setor Público (NBC TSP). Este estudo se classifica como quanti-qualitativo, descritivo e documental (Gil, 2002). Para obtenção da amostra, foram efetuadas três etapas: (1) identificação dos Estados brasileiros que possuíam universidade estadual, (2) coleta dos dados referentes à despesa pública paga do exercício de 2019 e 2020 e (3) a tabulação destes em planilha eletrônica. Para a análise descritiva e estatística, utilizou-se o software R Core Team (2021) com a interface do R Studio, bem como o método de Análise de Clusters pelo Within Sum of Squares (WSS). Os dados referentes às universidades foram coletados no Portal da Transparência de cada Estado brasileiro. Onze das universidades apresentaram redução significativa no total de gastos, enquanto as demais apresentaram almento sutil de suas despesas em 2020. O número de clusters formados para cada grupo de despesa foi relativamente pequeno, indicando que apesar de as universidades estaduais terem adotado estratégias distintas, considerando os gastos de maneira individual, ainda houve semelhança entre elas na alocação de recursos para o período da pandemia no ano de 2020, sobretudo nas despesas referentes a diárias, passagens e locomoção. Estas sofreram maior redução.