Esse artigo traz uma proposta de uso do Arduino como recurso educacional para a criação de atividades desenvolvidas de forma transdisciplinar, de baixo custo e de qualidade para o uso em substituição ou complementação aos laboratórios tradicionais de Ciências, quando presentes nas escolas. A intenção primeira deste trabalho consistiu em mapear a experiência pedagógica da aplicação do objeto educacional Estação Meteorológica de baixo custo com alunos de uma escola na zona norte do município do Rio de Janeiro. Como achado da pesquisa constatamos que a proposta de montagem do experimento de forma colaborativa oportunizou que os alunos tivessem a oportunidade de observar, de analisar, de interpretar e de produzir conhecimentos e soluções para situações do cotidiano e de natureza acadêmica.
O presente artigo se propõe a investigar e mapear algumas práticas de aprendizagemensino com o uso da mediação tecnológica em rede no cotidiano de um grupo de alunos da disciplina Eletrônica Digital de uma Escola Técnica na Zona Norte do Rio de Janeiro durante um período da pandemia do COVID-19. As atividades foram desenvolvidas através do uso de um Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) baseado no Moodle e de interfaces de web conferência. Dessa forma, procuramos problematizar algumas questões a respeito da cultura contemporânea, como rede educativa. Ao trazermos como dispositivos de pesquisa o WhatsApp e o Moodle encontramos nas conversas a possibilidade de articulação e ressignificação de novas práticas cotidianas nos espaços e nos tempos escolares.
Como se já não bastasse a situação de emergência sanitária em decorrência da pandemia do novo Coronavírus no ano de 2020, com ressonância nos campos econômico, cultural dentre vários outros, a população brasileira também vivenciou inúmeros acontecimentos que ameaçaram o estado democrático de direito. Assim, diante da incerteza (MORIN, 2005) de quando efetivamente as pessoas poderiam voltar a se reunir fisicamente, seja nas tradicionais festas populares, eventos científicos ou em espetáculos de qualquer outro gênero, as atividades de toda ordem precisaram assumir formatos alternativos para (re)xistir sem colocar a vida da população em risco. Assim, este texto tem como objetivo investigar em que medida as lives musicais, cada vez mais comum entre os tantos ‘dentrofora’ das diversas redes educativas, estabeleceram relações de ‘aprenderensinar’ entre os ‘fazerespensar’ cotidianos. Em nossas pesquisas, bricolamos estudos das ‘pesquisas com os cotidianos’ (CERTEAU, 2018; ALVES, 2008), com a multirreferencialidade (ARDOINO, 1998; MACEDO, 2012) para nos inspirarmos nas criações das coisas miúdas, desviantes, muitas vezes compreendidas como irrelevantes. Dessa forma, acionamos como dispositivos de pesquisa as rodas de conversas em ambientes online para tecer criações cotidianas nas diversas redes educativas reinventadas pelos usos dos dispositivos digitais em rede. Por fim, em posse dos fragmentos das histórias e das invenções coproduzidas, apresentamos como os praticantes culturais dos cotidianos interagem com o mundo externo para além da porta da própria casa (CERTEAU, 2009), cocriando ideias desviantes e incertezas como elementos para pensar o futuro.
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