Enquadramento: a COVID-19 condicionou o normal funcionamento dos serviços de saúde, obrigando a uma restruturação na capacidade assistencial dos mesmos, especificamente das unidades de reabilitação cardíaca. Objetivos: avaliar o impacte da pandemia na qualidade de vida e nível de atividade física de doentes em programa de reabilitação cardíaca. Metodologia: estudo descritivo transversal. Foram contactados telefonicamente todos os doentes que tiveram de interromper o programa de reabilitação cardíaca hospitalar num hospital da zona norte do pais, avaliando o seu nível de qualidade de vida, com recurso ao questionário EURO-QoL 5D. O rastreio da prática de atividade física foi igualmente efetuado através de um questionário elaborado pelos autores para o efeito. Resultados: foram contactados 37 doentes, maioritariamente do género masculino (81%,1). A qualidade de vida percecionada é significativamente reduzida, sendo o cuidado pessoal o mais afetado. O índice médio de qualidade de vida obtido é de 0,850. Os doentes realizam um nível insuficiente de atividade física, com base nas recomendações europeias. Conclusão: os doentes que interromperam o programa de reabilitação cardíaca, apresentam um nível reduzido de qualidade de vida associado a uma gestão ineficaz do seu regime terapêutico, como consequência da pandemia.
Introdução: Os jovens adultos tendem a ser considerados como uma população com um bom estado de saúde. No entanto, nos últimos tempos, a transição da adolescência para a idade adulta tem sido foco de atenção para implementar estratégias de promoção da saúde e prevenção da doença. O objetivo deste estudo foi perceber o estado da saúde de uma população jovem adulta a frequentar o ensino universitário e de que forma a pandemia por COVID‐19 teve impacto nas diferentes dimensões do quotidiano, nomeadamente no bem‐estar e na saúde mental. Métodos: Foi aplicado um questionário que foi difundido via eletrónica por jovens do ensino universitário e foram obtidas 149 respostas. Resultados: Os alunos demonstraram alguns sentimentos de baixa realização pessoal (28%), sentimentos de solidão (26%), sentimentos de depressão (42%), falta de confiança em si próprio (17%) e alguns sentem que os seus níveis de energia são baixos ou extremamente baixos (26%). O contexto pandémico trouxe vários desafios aos jovens adultosque sentiram dificuldade em fazer novas amizades (94%), a perceção de sentimentos de nervosismo, ansiedade ou tensão durante o confinamento foi reportada por 51% dos alunos e a incapacidade em controlar as suas preocupações ou emoções foi reportada por 43%. Conclusão: Vários estudos relatam alterações mentais que podem desenvolver‐se ou agravar‐se após eventos traumáticos como uma pandemia, estando os resultados do nosso estudo em linha com essa evidência. Sentimentos de nervosismo, tensão e ansiedade, assim como dificuldade em controlar as emoções, surgiram em associação à pandemia, enfatizando a necessidade de desenvolver estratégias de saúde que deem respostas a estas necessidades emergentes.
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