Resumo: Introdução: A pandemia da Covid-19 e as medidas sanitárias de isolamento social impuseram a necessidade de reestruturação do ensino, com migração para tecnologias digitais. Em relação à educação em saúde da população de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (LGBT), assunto que ainda está em processo de inserção nas escolas médicas, tal mudança trouxe novas oportunidades para a discussão do conteúdo, mas também criou e escancarou vulnerabilidades preexistentes. Relato de Experiência: Ocorreram no Brasil diversas experiências de educação em saúde LGBT durante o período da pandemia da Sars-Cov-2, com auxílio de plataformas digitais. Em uma universidade do Rio Grande do Norte, uma disciplina optativa de Atenção à Saúde da População LGBT, que já seria ministrada no formato presencial, sofreu modificações e acabou por ser ofertada no modelo remoto. A liga de semiologia de uma faculdade de São Paulo se viu obrigada a mudar a sua aula com a mesma temática em decorrência do isolamento social. Discussão: Essas experiências permitiram a análise de uma série de oportunidades e vulnerabilidades trazidas por esse momento de reformulações no ensino. A modalidade remota expôs e expandiu desigualdades sociais por conta da necessidade de equipamentos e internet para acesso aos conteúdos, marginalizando uma parcela vulnerável da população. Além disso, o ambiente digital pode ser inseguro para o pronunciamento de pessoas LGBT. Em contrapartida, essa modalidade permitiu a ampliação do público atingido pelas atividades, resultante da diminuição dos custos e da quebra de barreiras geográficas permitidas pelo ambiente digital. Surgiram inovações nas ferramentas de ensino, como uso de podcasts e vídeos, flexibilizando as formas de ensino e divulgação de informações. Conclusão: Diante das deficiências encontradas com a experiência do ensino remoto emergencial, espera-se que, no futuro, os aprendizados adquiridos levem a uma implementação curricular mais democrática de atividades inclusivas em ensino sobre saúde LGBT nas universidades.
Objetivo: Descrever a experiência com um projeto que discute desenvolvimento sexual com alunos do Ensino Básico da rede pública, conduzido por estudantes de medicina. Relato de Experiência: Em prática desde 2016, o projeto vem sendo organizado em oficinas desenvolvidas com alunos e seus pais ou responsáveis, capacitação de professores e fornecimento de material para que possa ser replicado pelas escolas. Em 2020, passou por adaptações para ser mediado por plataformas digitais. Em conjunto com os professores, foi produzido um vídeo sobre o desenvolvimento do corpo humano, com foco nas alterações físicas da puberdade; uma aula sobre o comportamento durante o desenvolvimento, mostrando como as crianças respondem às diferentes fases do crescimento e uma história em quadrinhos, online, sobre uma adolescente com suspeita de gravidez que decide ir pela primeira vez a uma consulta na Unidade Básica de Saúde. Considerações Finais: Diferentemente da abordagem preventiva, heteronormativa, graduada de acordo com a idade dos alunos e usualmente inserida como um tema das aulas de ciências, esse projeto procura dar aos professores, família e sistema de saúde local a oportunidade de se apropriarem da tarefa da discussão sobre educação sexual, com reconhecimento dos obstáculos, dos preconceitos e ganho de autonomia.
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