RESUMO Objetivo: verificar se existe relação entre as habilidades de processamento auditivo temporal e os traços distintivos alterados nos casos de transtorno fonológico. Métodos: participaram da pesquisa 18 crianças com idades entre 6:0 e 8:0 anos, com diagnóstico de transtorno fonológico. Todas as crianças passaram por triagem fonoaudiológica, avaliação fonológica da criança e pela avaliação das habilidades de processamento temporal por meio dos testes GIN - Gap in Noise Test, TPF - Teste Padrão de Frequência e TPD - Teste Padrão de Duração. Foram comparados os números de fonemas e traços distintivos alterados, o nível em que se encontravam no Modelo Implicacional de Complexidade de Traços com os resultados dos testes GIN, TPF e TPD. O nível de significância adotado para todos os testes estatísticos foi de 5% (p<0,05). Resultados: em nenhuma comparação ou correlação houve significância estatística, porém os sujeitos avaliados apresentaram baixo desempenho nas tarefas de processamento auditivo temporal de acordo com os padrões normativos dos testes. Conclusão: na análise geral, não houve a relação entre as habilidades auditivas temporais e os traços distintivos na população avaliada, muito embora tenham apresentado dificuldades nas tarefas de processamento temporal.
Purpose: to assess whether there is a relationship between temporal auditory processing skills and altered distinctive features in cases of phonological disorder. Methods: 18 children aged between 6 and 8 years, diagnosed with phonological disorders participated in the research. All children underwent speech-language screening, phonological assessment and the assessment of temporal processing skills through the GIN - Gap in Noise Test, TPF - Frequency Pattern Test and TPD - Duration Pattern Test. The numbers of altered phonemes and distinctive features and the level at which they were in the Implicational Model of Features Complexity were compared with those of the GIN, TPF and TPD tests. The significance level adopted for all statistical tests was 5% (p<0.05). Results: in no comparison and correlation was there statistical significance, but the subjects evaluated showed low performance in temporal auditory processing tasks, according to normative testing standards. Conclusion: in the general analysis, there was no relationship between temporal auditory skills and distinctive traits in the population assessed, even though they had difficulties in temporal auditory processing tasks.
Introdução: O treinamento auditivo é um método de intervenção utilizado para aprimorar o desempenho das habilidades auditivas alteradas, de modo que, pode promover melhora no processamento da informação sonora. Objetivo: Verificar a eficácia da estimulação do processamento auditivo central na reabilitação dos transtornos fonológicos. Método: Foi realizado um estudo de caso de seis crianças com idades entre 6:00 e 7:11 de idade, com diagnóstico de transtorno fonológico. Todas as crianças passaram por avaliação fonoaudiológica, com avaliação específica da fonologia por meio da Avaliação Fonológica da Criança (Yavas, Hernandorena e Lamprecht, 2002) e pela avaliação das habilidades de processamento temporal por meio dos testes de ordenação e resolução temporal, pré e pós terapia. Todos os sujeitos passaram por 25 sessões de terapia, sendo que três sujeitos foram submetidos à terapia puramente fonológica (grupo de estudo 1 - GE1), e as outras três crianças receberam terapia fonológica associada ao treinamento auditivo computadorizado (grupo de estudo 2 - GE2), com o software Escuta Ativa. Resultados: Não houve diferença estatisticamente significativa quando comparados os resultados do desempenho em tarefas concernentes a percepção do sistema fonológico e do processamento temporal nos mesmos testes (conjunto de tarefas com habilidades auditivas) aplicados pré e pós terapia do GE1 com o GE2. Contudo, houve melhora no desempenho dos testes de processamento temporal em GE2. Conclusão: A terapia fonológica combinada ao treinamento auditivo computadorizado em crianças com transtorno fonológico não evidenciou diferença estatisticamente diferente, porém demonstrou influenciar no aumento do desempenho dos testes de processamento temporal destas crianças quando comparado ao uso isolado da terapia fonológica.
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