Resumo Foram analisados os achados radiológicos e manométricos de 43 pacientes portadores de megaesôfago chagásico com sorologia positiva para doença de Chagas. Encontrou-se uma redução significante dos valores da pressão máxima do corpo do esôfago com relação ao estádio da esofagopatia: grau I/II -42,9mmHg; grau III -23,6mmHg; grau IV -15,6mmHg. Observou-se que cinco (35,7%) pacientes classificados como grau III, do ponto de vista radiológico, apresentaram valores da pressão máxima do corpo do esôfago inferiores a 20mmHg, sendo considerados portadores de megaesôfago avançado, devendo ser tratados por esofagectomia subtotal com esofagogastroplastia ao invés de cardiomiotomia com válvula anti-refluxo. Constatou-se que o estudo manométrico é útil em pacientes portadores de megaesôfago grau III para a escolha do melhor procedimento cirúrgico. Palavras-chaves: Doença de Chagas. Megaesôfago. Eletromanometria. Estudo radiológico.Abstract This study analyzed the radiologic and manometric findings of 43 patients suffering from chagasic megaesophagus with positive tests for Chagas' disease. There was a significant reduction in the high pressure levels of the body of the esophagus related to the stage of the disease: stage I/II -42.9 mmHg; stage III -23.6 mmHg; stage IV -15.6 mmHg. It was observed that 5 (35.7%) stage III patients had high pressure levels below 20 mmHg and presented advanced megaesophagus and these underwent a subtotal esophagectomy following esophagogastroplasty instead of cardiomyotomy with anti-reflux valve. The manometric study in stage III patients with chagasic megaesophagus was considered helpful to indicate which surgical procedure would be best for these patients. Key-words: Chagas' disease. Megaesophagus. Electromanometry. Radiologic method. . A manifestação clínica inicial quase sempre é representada pela disfagia, podendo associar-se a dor epigástrica ou retroesternal., regurgitação, soluço, ptialismo e hipertrofia das glândulas salivares, notadamente das parótidas. Tosse e sufocação noturna podem estar presentes causadas por a broncoaspiração de alimentos regurgitados.A variabilidade do comprometimento esofagiano na doença de Chagas expressa-se no estudo radiológico, por meio do qual é possível distinguir vários estádios da afecção.
RESUMO: Objetivos:Avaliar as alterações manométricas dos esfíncteres superior (ESE) e inferior do esôfago, bem como a motilidade de seu corpo, em pacientes com a forma indeterminada da Doença de Chagas. Método: Foram considerados 37 pacientes portadores da Doença de Chagas, assintomáticos, que apresentavam eletrocardiograma, enema opaco e radiografia contrastada do esôfago sem alterações características da doença (forma indeterminada). Estes foram submetidos à eletromanometria do esôfago em que foram analisados dados sobre a pressão dos esfíncteres e ondas peristálticas do corpo do esôfago. Resultados: Detectouse uma diminuição da média da amplitude de contração do corpo do esôfago (p=0,03) nos portadores de ondas sincrônicas quando comparados com os portadores de ondas assincrônicas. A comparação da média das pressões máximas do ESE nos pacientes portadores de ondas sincrônicas foi significativamente maior (p= 0,02) que a média encontrada nos portadores de ondas assincrônicas. Conclusão: Encontrou-se um elevado número (48,65%) de portadores de ondas sincrônicas em pacientes com a forma indeterminada da Doença de Chagas; notou-se uma redução da média da amplitude da contração do corpo do esôfago em portadores de ondas sincrônicas e observou-se que a média das pressões máximas do ESE é maior nos pacientes com ondas sincrônicas (207,14 mmHg) quando comparada com os portadores de ondas assincrônicas (142,44 mmHg). Dessa forma propomos uma discussão sobre a classificação atual da Doença de Chagas.
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