Este artigo descreve as principais alterações fisiológicas decorrentes da obesidade. Trata-se de uma pesquisa desenvolvida a partir da análise de estudos obtidos nas bases on-line SciELO, MedLine, Lilacs e PubMed. Constatou-se que as grandes vilãs da obesidade são as adipocinas – substâncias produzidas pelos adipócitos e capazes de exercer inúmeras funções no organismo. De modo geral, o aumento do tecido adiposo leva a “efeitos de massa”, com repercussões na dinâmica ventilatória, por diminuir a complacência pulmonar, o que resulta em pneumopatias restritivas. Além disso, observou-se que níveis aumentados de adipocinas estão diretamente relacionados à expressão de mediadores inflamatórios (TNF-α, IL-1β e IL-6), promovendo um processo inflamatório crônico. Nos músculos, as adipocinas retardam as miocinas (responsáveis pelo turnover muscular), levando a fragilidade muscular e óssea, e competem com a osteocalcina (responsável pelo turnover ósseo), impedindo o remodelamento ósseo. Conclui-se que as adipocinas promovem diversas adaptações sistêmicas, o que demanda novos estudos para o pleno conhecimento e controle da obesidade no campo das ciências da saúde.
O picacismo ou pica define-se como um transtorno alimentar caracterizado pela ingestão de substâncias não nutritivas, sendo as mais consumidas cubos de gelo e terra. A prática de pica é comumente relatada em mulheres gestantes, geralmente de baixo nível socioeconômico, e parece estar associado í presença de anemia ferropriva, sendo as maiores prevalências encontradas em gestantes africanas. A etiologia da pica ainda não esta bem elucidada, porém têm sido descritos fatores culturais, nutricionais, emocionais e socioeconômicos. Uma vez que essa prática pode gerar resultados obstétricos indesejáveis, com sérios prejuízos para a gestante e o bebê, o presente trabalho tem como objetivo verificar a associação entre o transtorno e deficiências de micronutrientes, descrever a doença, verificar sua prevalência e esclarecer a necessidade de se desenvolver formas de investigação nas consultas de pré-natal, já que resultados positivos têm sido demonstrados com a suplementação de ferro durante a gestação associada í diminuição da pica. Conclui-se que a investigação dessa prática no pré-natal possibilita intervenções de tratamento precoce, contribuindo para a redução dos níveis de morbi-mortalidade e promovendo qualidade de vida ao binômio mãe-filho.Palavras-chave: pica, gestação, micronutrientes.
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