The adverse side effects of caffeine have increased the market for decaffeinated coffee to about 10% of coffee consumption worldwide (http://www.ncausa.org), despite the loss of key flavour compounds in the industrial decaffeinating process. We have discovered a naturally decaffeinated Coffea arabica plant from Ethiopia, a species normally recognized for the high quality of its beans. It should be possible to transfer this trait to commercial varieties of arabica coffee plants by intraspecific hybridization--a process likely to be simpler than an interspecific hybridization strategy, which could require more than 30 years of breeding to fix the decaffeinated trait and would probably result in an inferior cup of coffee.
Estudou-se a divergência genética de 21 progênies de meios-irmãos - 19 do grupo Congolês e duas do grupo Guineano - de introduções do germoplasma de café robusta (Coffea canephora) do IAC. O estudo baseou-se em análises multivariadas de 14 características morfo-agronômicas, com o propósito de selecionar as progênies mais divergentes, visando à definição de população-base para posterior seleção e produção de híbridos. Avaliou-se também a importância das características discriminantes para análises de divergência, visando ao descarte das variáveis, segundo suas contribuições relativas. O experimento foi plantado e desenvolvido em campo experimental localizado no Pólo Regional do Nordeste Paulista, Mococa (SP), em blocos casualizados, com 21 tratamentos e 24 repetições. O agrupamento dos genótipos foi realizado com base nos métodos de Tocher e UPGMA. A matriz de dissimilaridade genética foi obtida por meio da distância generalizada de Mahalanobis, que serviu de base para a formação dos grupos. Os métodos empregados foram eficientes em detectar ampla variabilidade genética entre as progênies avaliadas. Vários grupos dissimilares foram identificados. As progênies IAC 2262, IAC 2290, IAC 2286, IAC 2292 e IAC 2291 são indicadas para compor programas de intercruzamentos, por terem sido consideradas as mais promissoras na obtenção de populações segregantes ou híbridos heteróticos. As características que menos contribuíram para a divergência genética foram, hierarquicamente: diâmetro da copa antes da poda, altura da planta antes da poda e área foliar.
Objetivou-se aplicar o método REML/BLUP em programas de melhoramento genético do cafeeiro, utilizando-o na estimação de parâmetros genéticos e predição de valores genotípicos para a espécie Coffea arabica. O experimento foi instalado em julho de 1998 pela Universidade Estadual Paulista (UNESP), em Selvíria (MS). As 12 cultivares selecionadas pelo Instituto Agronômico (IAC), Campinas (SP), foram avaliadas no delineamento em blocos ao acaso com quatro repetições e dez plantas por parcela. Os resultados revelaram baixa variabilidade genética entre as cultivares para os caracteres altura da planta, diâmetro do caule e número de ramos plagiotrópicos, avaliados aos 26 meses. Apenas as cultivares Catuaí Amarelo, Icatu Vermelho e Catuaí Vermelho apresentaram valores genotípicos preditos para o diâmetro do caule superiores à média geral desse caráter. A acurácia na avaliação dos valores genotípicos das cultivares para o caráter diâmetro do caule equivaleu, em média, a 76%. A adoção de uma experimentação com duas plantas por parcela e 20 repetições poderá elevar a 90% a acurácia seletiva para o caráter diâmetro do caule. O método de modelos mistos (REML/BLUP) mostrou-se adequado à estimação de parâmetros genéticos e predição de valores genotípicos no melhoramento do cafeeiro, podendo ser empregado rotineiramente.
Modelos matemáticos agrometeorológicos que relacionam a fenologia, a bienalidade e a produtividade do cafeeiro, foram desenvolvidos e testados para Mococa (SP), a partir de série de dados de produtividade de cafeeiros adultos, variedade Mundo Novo, correspondente ao período de 1966/67 a 1973/74. Os modelos baseiam-se na penalização da produtividade potencial, em função da produtividade do ano anterior e das relações ER/EP (evapotranspiração real e potencial), derivados de balanços hídricos decendiais seqüenciais durante os estádios fenológicos, considerando 16 combinações diferentes. A penalização é feita à medida que haja restrição hídrica para a planta durante os diferentes estádios fenológicos, considerando coeficientes de resposta da cultura ao suprimento hídrico, incorporados numa função aditiva ou multiplicativa. O modelo com penalização aditiva apresentou melhor desempenho na parametrização dos coeficientes em relação ao multiplicativo. Os melhores ajustes entre dados observados e estimados foram obtidos com modelo aditivo que relaciona o fator hídrico durante os trimestres (combinação D1) jun./jul./ag.; set./out./nov. e dez./jan./fev., os quais apresentaram coeficientes de resposta da cultura ao suprimento hídrico (ky) de +0,38 (ky1), +0,61 (ky2) e +0,18 (ky3), respectivamente, para os estádios fenológicos da dormência das gemas/início do florescimento, florescimento/formação do grão e formação do grão/maturação. As magnitudes dos valores de ky1 e ky2 revelam que a produtividade do cafeeiro é particularmente sensível ao estresse hídrico durante os estádios fenológicos do florescimento e formação do grão. O teste do modelo apresentou boas estimativas, com coeficientes de determinação de 0,93 e índice de concordância (d) de 0,98.
A seca é um dos fatores que limitam o desenvolvimento e a produtividade do cafeeiro. O objetivo deste estudo foi analisar a anatomia de folhas desenvolvidas nos períodos chuvoso e seco, em nove cafeeiros de Coffea arabica L., descritos anteriormente como tolerantes ou sensíveis a déicit hídrico, para identiicar caracteres estruturais de tolerância à seca. Foram mensurados o tamanho e a densidade de estômatos e células epidérmicas, a espessura das epidermes e do mesoilo, o diâmetro do pecíolo e da nervura principal, a espessura do loema e xilema na nervura principal e no pecíolo e o diâmetro e a frequência de elementos de vasos do xilema. Diferenças observadas entre a estrutura foliar dos cafeeiros avaliados e as condições de desenvolvimento da folha (períodos chuvoso e seco) indicaram que há uma plasticidade anatômica favorável em relação às condições de seca. Espessuras maiores do parênquima paliçádico e do limbo total e raios maiores do loema e xilema no pecíolo e na nervura principal foram considerados características estruturais favoráveis para suportar a escassez de água e estas poderiam ser utilizadas como critérios para selecionar cultivares tolerantes à seca. Foram considerados mais adaptados à seca os seguintes cafeeiros: Geisha, Semperlorens, BA10, IAC H 8105-7, IAC H 8421-2 e a cultivar Catuaí Vermelho IAC 81.
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