A angina de Ludwig é uma celulite infecciosa grave que tende a ter uma rápida progressão no assoalho da boca, envolvendo os espaços submandibulares, submaxilares e sublingual da face, normalmente se associando à órgãos dentários não vitais embora qualquer outra infecção orofaríngea tenha a capacidade de desencadear a Angina de Ludwig. Ela pode se tornar fatal se não for reconhecida precocemente e causar complicações como septicemia e asfixia por meio da expansão do edema dos tecidos moles do pescoço, gerando um comprometimento principalmente das vias aéreas. Os pacientes imunossuprimidos e com comprometimento sistêmico tem uma maior suscetibilidade à Angina de Ludwig. Após a confirmação do diagnóstico, o tratamento se baseia na drenagem, remoção da causa, manutenção das vias aéreas, antibioticoterapia e hidratação parenteral do paciente. Objetivo: este estudo visa relatar através de uma revisão de literatura a relevância dos sinais e sintomas no desfecho da Angina de Ludwig, suas principais causas, grupos acometidos, tipos de tratamento e complicações cérvico-faciais e sistêmicas, buscando gerar um melhor entendimento sobre o manejo de pacientes com Angina de Ludwig, oferecendo ao leitor informações sobre a etiologia, diagnóstico e tratamento, tal qual o prognóstico relativo ao tratamento estabelecido. O reconhecimento precoce e a intervenção rápida são essenciais na contenção desta grave condição.

A popularização da internet possibilitou às novas tecnologias um papel mais significativo na educação. Nesse contexto, o estudo da histopatologia está inserido nesse processo através da criação de algumas ferramentas como a Microscopia Virtual (MV). A MV consiste na utilização de lâminas histopatológicas digitalizadas a partir de amostras em lâminas de vidro. O objetivo geral do estudo foi avaliar a percepção dos alunos de medicina e odontologia de uma instituição pública de ensino em relação à utilização da MV no ensino da histopatologia. Trata-se de um estudo de corte transversal de análise descritiva prospectiva quanti-qualitativo. Os estudantes foram convidados a participar da pesquisa e após concordarem com o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, responderam um questionário eletrônico, em escala Likert, com perguntas relacionadas à experiência prévia em outras disciplinas com uso do microscópio de luz e sobre o uso atual da Microscopia Virtual (MV), respectivamente. Baseando-se nos dados obtidos e em concordância com outros estudos, constatou-se preferência pela MV, com médias significativamente maiores em quase todos os itens. Em síntese, observa-se que a MV é uma ferramenta viável de ensino da histopatologia e pode se apresentar com caráter substituto ou complementar em relação ao método tradicional.

A pandemia de COVID-19 pôs em questão os riscos de infecções existentes na odontologia. Esta pesquisa se justifica pela necessidade de demonstrar os riscos ocupacionais que as gotículas e aerossóis oferecem ao cirurgião-dentista. O estudo objetiva analisar a dispersão das gotículas aerossóis em ambiente odontológico e a eficácia dos EPIs. Foram usadas simulações de um procedimento em um consultório revestido por TNT branco, com a água do reservatório corada com corante alimentício e dois modelos fazendo o papel de atendente e paciente. Para manter a simulação mais próxima à realidade, dois dispositivos feitos de resina acrílica foram sobrepostos a arcada do paciente. As etapas foram fotografadas para registro de dados, análise e comparações futuras. Após a simulação, foram encontrados respingos no TNT que revestia o piso, na mesa do consultório e na cuspideira. No equipamento de proteção individual utilizado pelo atendente foi onde se observou a maior concentração de respingos, principalmente no avental descartável e no protetor facial. A capacidade de dispersão de gotículas e aerossóis foi evidenciada no presente estudo. As gotículas e aerossóis representam um risco para saúde do cirurgião-dentista. Os cuidados com biossegurança devem compor o cotidiano dos profissionais.