Os estudos da capacidade de adsorção de metais pesados em um solo podem ser empregados para avaliar a contribuição deste na contaminação de águas superficiais e subterrâneas. Este trabalho teve por objetivo estudar a adequação dos modelos de Langmuir e de Freundlich para descrever a adsorção de cobre em Latossolo Vermelho Distrófico úmbrico de textura argilosa. Para determinação da capacidade de adsorção de cobre no solo, utilizou-se 2,000g de solo adicionados de 10 mL de CaCl2 0,01 mol L-1 e 10 mL de soluções de CuCl2 em diferentes concentrações. A capacidade máxima de adsorção de cobre no solo, determinada pelo modelo de Langmuir, foi de 2,95 mg g-1. Além disso, os resultados demonstraram que o modelo de Freundlich apresentou melhor ajuste aos dados experimentais, simulando adequadamente a adsorção do cobre no solo em estudo.
<p>O presente ensaio tem por finalidade abordar filosoficamente o cenário de medo e desconfiança instaurado no Brasil e no mundo durante a recente pandemia do COVID-19, a partir de algumas considerações sobre os fundamentos políticos da moderna filosofia de Thomas Hobbes. A questão central tratada pelo trabalho é a influência do medo sobre as ações humanas e políticas dentro de uma situação de desarmonia social avessa aos princípios democráticos. Em primeiro lugar, buscaremos mostrar como o medo é considerado pela filosofia hobbesiana como sendo um sentimento religioso capaz de regular as ações e o entendimento dos indivíduos tanto fora quanto dentro do Estado civil. Em segundo lugar, buscamos mostrar como a maximização do medo social pode resultar em uma desconfiança generalizada entre as pessoas e entre os poderes políticos que apenas promove as crenças e superstições dos discursos religiosos e ideológicos mais radicais. Partindo das considerações de Hobbes sobre os fundamentos da soberania civil, investigaremos algumas relações fundamentais entre o medo, a política e a religião nas bases da moderna política estatal. Podemos dizer que, em linhas gerais, este ensaio busca mostrar como um desentendimento do Estados civil consigo mesmo e com seus poderes constitutivos instaurou na população brasileira, desnorteada politicamente pela crise causada pela pandemia do novo coronavírus, uma condição de medo e desconfiança semelhante ao estado de natureza bélico, descrito por Hobbes no <em>Leviatã</em>.</p>
O presente artigo tem por objetivo apresentar alguns dos aspectos mitológicos que fundamentam a realização das olimpíadas desde a antiguidade grega, particularmente a “corrida de tochas acessas” que atualmente inaugura a abertura dos jogos. Para tanto, buscamos apresentar alguns relatos que narram a realização dos jogos olímpicos como uma espécie memória aos mitos fundadores da cultura grega. Nesse registro, consideramos alguns aspectos das narrativas de Hesíodo sobre o mito de Prometeu, bem como algumas observações de filósofos modernos como Francis Bacon e Thomas Hobbes sobre como essa fábula narra a interpretação de uma condição humana fundada em uma competição análoga à uma interminável luta de titãs. Condição humana essa oriunda da desobediência às vontades dos deuses do Olimpo, cristalizada na expressão de uma cultura da competição que visa não apenas agradar a esses deuses, detentores do poder no Olimpo, mas também igualar certos homens a eles.
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