Diante do desafio de superar a rigidez dos instrumentos de gestão exigidos das organizações da sociedade civil (OSCs) frente aos questionamentos sobre sua legitimidade, este trabalho sistematiza a experiência do Instituto Padre Vilson Groh (IVG) na construção de um jeito de governança que empodere as pessoas e organizações integrantes da Rede IVG. A partir dessa sistematização, destacam-se aprendizagens e inovações em governança de OSCs no atual contexto brasileiro: gestão de OSCs em rede, atuação a partir das margens como base da governança, constituição de fundo patrimonial, processos decisórios compartilhados, redes e coprodução para enfrentar problemas públicos. O trabalho foi realizado entre 2013 e 2014, envolvendo pesquisa bibliográfica e documental, entrevistas com 20 integrantes e parceiros da Rede, observação participante e grupo de trabalho para delineamento e análise dos dados. Um dos resultados é um mapa da governança do IVG, baseado na abordagem da Governança com Engajamento Comunitário (Community-Engagement GovernanceTM).
Desde 2020 passamos a conviver e discutir com mais intensidade os significados e implicações de palavras como COVID-19, Coronavírus, pandemia, trabalho remoto, fazendo-nos refletir sobre a forma como entender o saber, a ciência e a epistemologia. A partir do dia 11 de março de 2020, quando foi declarado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como pandemia, o vírus da COVID-19 já causou até março 2021, a contaminação de mais de 116 milhões de pessoas e a morte de mais de 2,5 milhões de pessoas pelo mundo (UNIVERSIDADE JOHNS HOPKINS, 2021). No mesmo período, o Brasil possuía mais de 10,8 milhões de casos confirmados e mais de 262 mil pessoas haviam perdido a vida (BRASIL, 2020).
Este caso de ensino tem o objetivo de compreender o dilema das Organizações da Sociedade Civil (OSC) e dos Órgãos Governamentais diante da vulnerabilidade social nas comunidades de periferia, falar da Covid 19 na busca de garantias dos direitos mínimos aos cidadãos como a alimentação básica, itens de higiene pessoal, bem como o direito de ser ouvido. O caso ora narrado é real e retratado por meio de entrevista com pessoas das comunidades, local este de atuação das organizações, sendo utilizados também dados secundários por meio da mídia impressa sobre as medidas adotadas para reduzir o impacto da pandemia, com o intuito de proteger a população. Essa situação afeta as comunidades desfavorecidas financeiramente, por isso a entrega de um valor social aos menos privilegiados por meio de negócios independentes ajudam a reduzir o agravo da pandemia, mas com o fechamento inicial das OSC´s por parte do Estado e Ação Social fechada, as lideranças dessa ONG continuaram no dia a dia com a visita das casas, as campanhas com “os empresários do bem” para conseguir os mantimentos necessário para as famílias. Como resultado do trabalho tem-se que sem o apoio do governo a estas medidas emergenciais, as lideranças de projetos sociais e associações estão fazendo um trabalho de divulgação nas redes sociais, onde informam locais que estão recebendo produtos e ainda a realização de pedágio de arrecadação de cestas básicas e dos materiais usados para proteção da doença, a fim de tentar suprir a demanda das comunidades.
As Organizações da Sociedade Civil (OSC) experimentam com usuários e coletivos a luta por direitos para pessoas em situação de maior vulnerabilidade social, buscando a garantia do direito de serem ouvidos e reconhecidos como cidadãos. Nos ‘tempos bons’ já é uma luta para que as OSC’s consigam mobilizar recursos, por meio de parcerias com órgãos públicos, a sociedade civil e o mercado. Esta situação se agravou com a pandemia da COVID-19, já que é necessário manter o isolamento para reduzir a transmissão comunitária. Apesar do fechamento inicial das OSC’s, as lideranças pioneiras não pararam de atuar, nem de mobilizar recursos. Além do desemprego e da fome, apresentam-se como desafios: a falta de produtos de higiene e proteção e a não realização de exames nos territórios em que atuam tais organizações. Neste contexto, as OSC’s foram os bastidores para construção do nosso caso de ensino, tendo como objetivo retratar as experiências envolvidas pelos voluntários e colaboradores nas comunidades carentes, apresentando algumas reflexões sobre a mobilização de recursos em organizações da sociedade civil. Para tanto, os autores analisaram a trajetória de um administrador, o qual atuou durante 18 anos em uma rede de OSC’s, tendo como foco central a experiência vivida por ele, voluntários, simpatizantes pela causa, dando exemplo sobre essa experiência de vida e o compromisso social aos mais carentes.
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