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<p>Uma parcela significativa da arte contemporânea tem articulado sua produção em colaboração com as comunidades, delas permanecendo radicalmente dependente, literalmente enraizada nos contextos sociais, políticos e culturais nos quais se insere, repelindo a noção de autonomia em favor de um processo de mundanização da arte. Dessa maneira, a arte estaria na busca de uma ressonância social mais robusta através da rejeição de um processo de privatização da arte e do resgate de sua dimensão pública, negligenciada pelo modernismo. Como consequência, esse espectro mais ambicioso da arte contemporânea parece apontar para a necessidade de redefinição dos mecanismos de articulação e funcionamento de todo o sistema de arte – produção, circulação, consumo, instituições e crítica da arte –, exigindo uma verificação profunda de nossas certezas no terreno institucional e sugerindo a necessidade de reinvenção do próprio sistema.</p>
Neste artigo buscamos refletir criticamente sobre o lugar que cabe à arte que se quer e que se faz política no contemporâneo, na expectativa da emergência de um debate sobre essas manifestações de arte política e, mais especificamente, se elas cabem (ou não) nos espaços disciplinados do museu de arte. Para tanto, tomamos a mostra Arte Democracia Utopia - quem não luta tá morto, realizada pelo Museu de Arte do Rio entre os meses de setembro de 2018 e maio de 2019, como lócus de observação e ponto de partida de nossas reflexões.
O globo encolhe para aqueles que o pos- suem; para os desalojados ou despossuídos, os migrantes ou refugiados, nenhuma distância é mais aterradora que os poucos metros da travessia da fronteira. Homi K. Bhabha, Double Visions(Bhabha, Homi, Double Visions, 1992, p.88.)O século XX testemunhou um aumento exponencial das desigualdades entre nações em seus diferentes estágios de desenvolvimento. As discrepâncias no domínio das tecnologias têm propiciado diferentes percepções do tempo, situação em que, enquanto para algumas nações descortina-se o futuro, outras parecem sentenciadas a permanecer atadas a um passado sem fim. Em julho de 1969, quando os astronautas norte-americanos Neil Armstrong e Edwin Aldrin "caminhavam" na superfície da Lua, traçando passos emblemáticos que pareciam inaugurar a pós-modernidade, enormes parcelas da população mundial peregrinavam pelos rincões do planeta em condições de vida que remontam a tempos ancestrais. Em 2001, ano fixado pelo cineasta Stanley Kubrick para a chegada do futuro, a grandeza de linhas telefônicas instaladas nos países desenvolvidos correspondia a 121,1 linhas para cada 100 habitantes; enquanto isso, em alguns países africanos, tais como Nigéria e República Democrática do Congo, a relação era de menos de duas linhas para cada 1.000 habitantes. Ainda no plano da circulação da informação e das comunicações, em outro ano emblemático - 1984, a cidade de Tóquio tinha mais linhas telefônicas instaladas que todo o continente africano. [...]
Apresentamos a edição de número 30 da Poiésis, revista acadêmica do Programa de Pós-Graduação em Estudos Contemporâneos da das Artes da UFF, consolidando os avanços apresentados na edição anterior: disponibilização dos conteúdos da revista na plataforma OJS/SEER e atribuição do DOI (Digital Object Identifier) aos trabalhos publicados pela Poiésis. Na abertura desta edição, o dossiê Dimensões do Autobiográfico, organizado por Marta Strambi, artista e professora da Unicamp, procura debater diversos aspectos e dimensões das manifestações do autobiográfico na produção de arte. Para ampliar e adensar essas
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