A correlação litogeoquímica entre amostras é geralmente realizada por meio de gráficos predefinidos na literatura ou de análises bivariadas entre cada um dos elementos analisados. Aplicar uma análise multivariada nos dados geoquímicos de um conjunto de amostras, que são multivariadas por natureza, permite tratar esses dados em um espaço dimensional reduzido, compreendendo assim os processos de comportamento dos indivíduos. A análise fatorial das correspondências (AFC) propicia ainda comparar indivíduos (linhas) e variáveis (colunas) quantitativas ou qualitativas de um conjunto de dados no mesmo espaço e de forma simétrica. Neste trabalho, a AFC de um conjunto de análises geoquímicas de amostras de rochas vulcânicas de idades cenozoicas da porção setentrional da Província Borborema relacionou a nova ocorrência vulcânica da cidade de Fortaleza ao vulcanismo alcalino de Fernando de Noronha (FN), distinguindo-os do vulcanismo Macau principalmente devido ao empobrecimento relativo em elementos terras raras (ETR). O método permitiu também distinguir similaridades geoquímicas entre Fortaleza e FN, tais como valores maiores de Na2O, K2O, Al2O3, TiO2, P2O5 e CaO2 e menores de SiO2 e MgO relativamente às rochas do vulcanismo Macau. Os elementos traço Rb, Nb, Th e Ga se correlacionam e aumentam ou diminuem juntos para cada um dos vulcanismos, enquanto Sr e Ba comportam-se inversamente ao conjunto Cr e Ni.
As bacias da margem equatorial norte são alvos de pesquisa envolvendo hidrocarbonetos e sua produção. Destacam-se estudos realizados na Bacia Potiguar, Paracuru e mais recentemente na Sub-Bacia Mundaú. Esta última foco desta pesquisa pôde ser amostrada pela primeira vez na parte onshore, onde calcários foram descobertos devido a sondagem do Metrofor e construção de poço tubular profundo. São dois furos de sondagem SR-103+020 e SM-13, o poço do Condomínio Essenza, todos na zona urbana. Os dados inéditos buscam correlacionar a sedimentação carbonática do Cretáceo Superior onde as amostras seriam correlatas a Formação Jandaíra (Bacia Potiguar). Petrografia, micropaleontologia e nanofósseis foram avaliados e dados de poços ANP e Siagas/CPRM foram averiguados no trecho entre o Graben Cascavel. Não foram encontradas camadas de calcários no trecho do graben, nas amostras estudadas nos furos foram descritos como calcarenitos e wackestones. Foram identificados microfósseis como bivalves, ostracoides, foraminíferos, algas, briozoários; além de 49 taxons de nanofósseis. Os dados permitiram montar um arranjo de sedimentação do Cretácio Superior englobando desde Cenomaniano até o Mastrichtiano onde poderiam ocorrer dois modelos: sedimentação carbonática de única plataforma (contínua ou descontínua) nas bacias Potiguar e Ceará ou sedimentação carbonática separada pelo Graben Cascavel onde a Bacia Potiguar e Ceará não possuíam conexão, porém sincronia na sedimentação.
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