Fontes de recursos: Annerose Barros é bolsista de doutorado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq); Alex Oliboni Sussela é bolsista de iniciação científica PIBIC/CNPq; Luiza Silveira Lucas é bolsista de iniciação científica BPA/PUCRS. RESUMO Objetivos: Investigar a relação do estado inflamatório com a massa magra corporal de pacientes em hemodiálise. Métodos: Um estudo transversal observacional incluiu pacientes em hemodiálise há pelo menos três meses. A análise da composição corporal foi realizada por bioimpedância segmentar multi-frequência (InBody 520 ®). O estado nutricional associado à inflamação foi avaliado usando o instrumento que computa o Escore Desnutrição-Inflamação. Resultados: A amostra incluiu 59 indivíduos, sendo 30 mulheres. A idade média foi de 58,7±14,4 anos, a mediana do tempo em hemodiálise foi de 24 (9-49) meses, a média do peso seco estimado foi 67,0±14,7 kg e a média de massa magra foi 29,7±5,5 kg. A mediana do nível sérico de proteína C-reativa ultrassensível foi 8,6 (3,9-18,0) mg/L e acima do limite normal (≤ 5,0 mg/L), sugerindo a presença de inflamação. O escore desnutrição-inflamação teve mediana de 4 (2-6). Houve correlação significativa entre o escore desnutrição-inflamação e a idade (r s =0,350, p menor do que 0,01) e com o tempo em diálise: (r s =0,320, p menor do que 0,05). Inflamação avaliada pelo nível de proteína C-reativa ultrassensível foi significativamente associada à massa magra (r s =-0,283, p menor do que 0,05). Conclusões: O aumento do tempo em hemodiálise e a idade aumentada estiveram associados com pior estado nutricional. Nesta população, aparentemente quanto menor a massa magra corporal maior o nível de proteína C-reativa ultrassensível, sugerindo uma possível associação entre a inflamação e a massa magra corporal nestes pacientes.