Ainda que a literatura seja ampla na temática TDAH, pouco se sabe sobre as interações em diferentes contextos. O objetivo do presente estudo foi descrever as interações sociais estabelecidas entre mães-filhos e professores-alunos quanto ao estabelecimento de limites, promoção de afeto e comunicação, considerando o relato de práticas positivas e negativas dos educadores e problemas de comportamento e habilidades sociais das crianças, de maneira contingente. Como um objetivo específico buscou-se descrever os problemas em comorbidade, a partir dos relatos de mães e de professores. Os dados de sete crianças foram coletados por meio de instrumentos aferidos: Roteiro de Entrevista de Habilidades Sociais Educativas para Pais e Professores (RE-HSE-P; RE-HSE-Pr), Questionário de Respostas Socialmente Habilidosas para Pais e para Professores (QRSH-Pais, QRSH-Pr), Child Behavior Checklist (CBCL) e Teachers Report Form (TRF). Constatou-se que: as crianças encontravam mais dificuldades na escola que na família; as mães utilizavam mais práticas negativas e menos positivas que os professores; as mães eram mais afetivas; e os professores estabeleciam limites mais habilidosamente. A partir da descrição das interações na família e escola, evidencia-se a necessidade de intervenções diferenciadas nos dois contextos interacionais, a fim de melhorar a qualidade das mesmas, promovendo habilidades sociais e reduzindo dificuldades interpessoais.