A injúria de reperfusão, ou isquemia, é um mecanismo fisiopatológico que ocorre nas etiopatogenias do miocárdio, como na angina instável. Assim, são utilizados fármacos adjuvantes citoprotetores, como a trimetazidina (TMZ), que visam à diminuição do tempo de hospitalização e melhora na função cardíaca com ação profilática contra essa lesão. No entanto, apesar dos seus potenciais benefícios no tratamento da síndrome coronariana aguda, ainda não está clara a sua eficácia em relação a outras terapias disponíveis. Nesse sentido, o objetivo do estudo é analisar a eficácia do uso terapêutico da trimetazidina nas principais síndromes coronarianas agudas. Foi realizada uma revisão sistemática usando as bases de dados PubMed, Cochrane Library e Embase. Um total de 3 estudos foi incluído na análise. Os resultados mostraram que a terapia com trimetazidina reduziu significativamente a incidência de eventos cardíacos adversos maiores (ECAM) (OR = 0,33, IC 95% 0,15-0,75, p = 0,007), menor dano miocárdico (p < 0,05) e fração de ejeção ventricular esquerda mais elevada e menos eventos adversos em comparação com o grupo placebo (p < 0,05). Não foram observadas diferenças significativas entre os grupos de trimetazidina e controle em termos de mortalidade por todas as causas, mortalidade cardiovascular ou incidência de eventos adversos. Os resultados deste estudo sugerem que a terapia adjuvante com trimetazidina pode melhorar os resultados clínicos e a função cardíaca em pacientes com IAM sem aumentar o risco de eventos adversos. No entanto, são necessários mais ensaios clínicos randomizados em larga escala para confirmar esses resultados e determinar a duração e dose ideais da terapia com trimetazidina nessa população de pacientes.
Os tumores gliais, ou gliomas, são o tipo mais comum de tumor cerebral e de alta incidência, sendo a maioria difusos
e propensos à infiltração extensa no parênquima cerebral, causando recorrência do tumor. Os gliomas de alto grau, como os glioblastomas, são altamente angiogênicos e possuem altos níveis de fatores proangiogênicos, como o fator de crescimento endotelial vascular (VEGF), essencial para a neovascularização tumoral. O alvo para inibir o VEGF é o bevacizumabe, um anticorpo monoclonal humanizado, com associação do irinotecano, um inibidor da topoisomerase I. Dessa forma, o objetivo da seguinte revisão é analisar a eficácia da combinação do bevacizumabe e irinotecano para o tratamento de tumores gliais. Trata-se de uma revisão bibliográfica sistemática que utilizou as plataformas PubMed, SciELO e Google Scholar como base de dados para pesquisa de artigos científicos, com recorte temporal entre 2016 e 2021, na língua inglesa. De acordo com o mecanismo de busca, 3 resultados foram encontrados após os critérios de exclusão nas bases de dados PubMed e Google Scholar. Constatou-se, portanto, que a quimioterapia combinada de bevacizumabe e irinotecano é eficaz no tratamento de tumores gliais, ademais, a combinação de ambas as drogas possui maior taxa de sobrevida global do que apenas a terapia isolada do antiangiogênico bevacizumabe.
Dentre as encefalopatias, algumas vêm sendo mais estudadas nas últimas décadas, como a encefalopatia de Wernicke (EW), a qual é um conjunto de sinais e sintomas neuropsiquiátricos que resultam de uma deficiência nutricional de tiamina. Essa pesquisa trata-se de uma revisão bibliográfica sistemática, do tipo quantitativa, que utilizou as plataformas PubMed, Scientific Eletronic Library On-line (SciELO) e Google Scholar como base de dados para pesquisa dos artigos científicos. Foram utilizadas literaturas publicadas com recorte temporal de 2016 a 2021, na língua inglesa que abordavam a encefalopatia de Wernicke e seus aspectos fisiopatológicos e clínicos. Constatou-se, portanto, que a deficiência da tiamina (vitamina B1) é capaz de levar o paciente a desenvolver a encefalopatia de Wernicke, quando a doença se associa à amnésia anterógrada. Ademais, a condição subjacente descrita na EW é o alcoolismo. Por conseguinte, altas doses da tiamina parenteral em pacientes de alto risco são primordiais para a melhora gradativa do paciente.
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