P a l a v r a sc h a v e : m ineralização de urânio, fo sfa to s secundários de urânio, Portugal. K ey w o r d s : uranium mineralization, secondary uranium phosphates, Portugal.
R e su m oA antiga mina do Vale de Abrutiga está localizada na região central de Portugal. N esta região, o granito de grão grosseiro a muito grosseiro, porfiróide, biotítico, peralu m in o so de 308 ± 11 Ma in tru íu o C om plexo X isto -M etagrauváquico Câmbrico. O granito contém 10 ppm de U e uraninite primária, e foi, provavelmente, a fonte de U da m ineralização, que ocorre essencialmente em filonetes de quartzo, os quais intersectam o Complexo Xisto-metagrauváquico, mas também a impregnar indistintamente o filito adjacente a estes filões. Os filonetes de quartzo mineralizados estão brechificados e preenchem falhas com orientação N10°W, 8 0 Έ , as quais intersectam veios de quartzo mais antigos, de direcção NW-SE. O jazigo é do tipo dissem inado, ocorrendo a m ineralização na zona superficial, alterada. O m inério de urânio foi explorado a céu aberto, com um teor de 1 Kg UsOg/ton. A m inerali zação é formada por fosfatos secundários de urânio: saleíte, meta-saleíte e Fe-saleíte. Os filonetes de quartzo contêm, também, outras fases portadoras de urânio, como por exemplo oxi-hidróxidos de Fe, zircão, xenotima, monazite, anatase, moscovite e clorite. De um modo geral os minerais portadores de urânio apresentam os bordos mais ricos em urânio do que os seus núcleos.