This study evaluated the association of mood disorders, suicidal ideation and the quality of life in patients with type 2 diabetes. We used a case-control study employing 996 patients suffering with type 2 diabetes (using insulin for over 1 year), and 2.145 individuals without diabetes. The groups were then used to evaluate the presence of different mood disorders and suicidal ideation, beyond quality of life. In addition to this, fasting glucose and glycosylated hemoglobin (Hb1C) were also evaluated. The data were analyzed using the Pearson chi-squared test, logistic regression, ANCOVA and Student's t-tests. We showed an association between type 2 diabetes and depressive episodes (adjusted OR = 1.8, CI 95 % 1.7-2.0, p < 0.001), recurrent depressive episodes (adjusted OR = 2.4, CI 95 % 2.2-2.6, p < 0.001), dysthymia (adjusted OR = 5.2, CI 95 % 4.9-5.5, p < 0.001), mood disorder with psychotic symptoms (adjusted OR = 2.5, CI 95 % 1.5-3.4, p < 0.001) and suicidal ideation (adjusted OR = 3.6, CI 95 % 2.5-4.8, p < 0.001, light; adjusted OR = 4.6, CI 95 % 1.5-7.7, p < 0.01, moderate and severe). The recurrent depression (OR = 1.3, CI 95 % 1.1-1.7, p < 0.05) and psychotic symptoms (OR = 4.1, CI 95 % 1.1-15.1, p < 0.05) were associated with higher levels of Hb1C. Dysthymia was associated with high blood glucose (OR = 1.6, CI 95 % 1.1-2.5, p < 0.05). Patients had lower mean scores in the following domains: physical [36.5 (13.6) × 56.0 (4.9), p < 0.001)], psychological [42.6 (8.6) × 47.9 (8.6), p < 0.001] and environmental [40.0 (8.6) × 49.3 (8.3), p < 0.001], but had higher scores in the area of social relations [50.2 (16.9) × 35.7 (27.9), p < 0.001]. The data demonstrated a worse quality of life, a high comorbidity of type 2 DM with depressive disorders and suicidal ideation. In addition, the poor control of DM is associated with the severity of mood disorders.

Survivors from sepsis present long-term cognitive deficits and some of these alterations resemble the pathophysiological mechanisms of neurodegenerative diseases. For this reason, we analyzed beta-amyloid peptide (Aβ) and synaptophysin levels in the brain of rats that survived from sepsis and their relation to cognitive dysfunction and to acute brain inflammation. Sepsis was induced in rats by cecal ligation and puncture, and 30 days after surgery, the hippocampus and prefrontal cortex were isolated just after cognitive evaluation by the inhibitory avoidance test. The immunocontent of Aβ and synaptophysin were analyzed by Western blot analysis. Aβ increased and synaptophysin decreased in septic animals both in the hippocampus and prefrontal cortex concurrent with the presence of cognitive deficits. Prefrontal levels of synaptophysin correlated to the performance in the inhibitory avoidance. Two different treatments known to decrease brain inflammation and oxidative stress when administered at the acute phase of sepsis decreased Aβ levels both in the prefrontal cortex and hippocampus, increased synaptophysin levels only in the prefrontal cortex, and improved cognitive deficit in sepsis-survivor animals. In conclusion, we demonstrated that brain from sepsis-survivor animals presented an increase in Aβ content and a decrease in synaptophysin levels and cognitive impairment. These alterations can be prevented by treatments aimed to decrease acute brain inflammation and oxidative stress.

RESUMO Objetivo Avaliar a prevalência de transtornos ansiosos e fatores associados em uma amostra populacional de idosos do Sul de Santa Catarina. Métodos Estudo transversal com base em dados populacionais, que avaliou 1.021 indivíduos idosos entre 60 e 79 anos. Foram realizadas entrevistas domiciliares para aferição de variáveis sobre transtornos ansiosos, por meio do questionário MINI, dados sociodemográficos, hipertensão arterial sistêmica (HAS), infarto agudo do miocárdio (IAM) e dosagem de colesterol. Resultados As prevalências entre os transtornos ansiosos foram de 22,0% para o transtorno de ansiedade generalizada (TAG); 14,8% para fobia social (FS); 10,5% para transtorno do pânico (TP); e 8,5% para o transtorno obsessivo-compulsivo (TOC). Além disso, 40,5% dos indivíduos apresentaram pelo menos um transtorno de ansiedade. A distribuição dos transtornos foi semelhante nos dois gêneros; TAG foi mais prevalente nos indivíduos de menor escolaridade; TOC foi mais presente em indivíduos casados ou em união estável. Em relação às variáveis clínicas, HAS foi associada à presença de TOC; FS foi associada com IAM; TOC e FS foram associados com HDL > 40 mg/dL. Conclusão Os dados demonstram que os quadros de ansiedade são muito frequentes em idosos da comunidade, se sobrepõem de forma significativa e estão associados a algumas variáveis clínicas cardiovasculares.

Objective: To assess the presence of anxiety disorders and quality of life in patients with insulindependent type 2 diabetes. Methods: Case-control study of 996 patients with type 2 diabetes and 2,145 individuals without diabetes. The sole inclusion criterion for the case group was insulin-dependent type 2 diabetes. We compared the case and control groups for sociodemographic variables, laboratory and clinical data, and presence of anxiety disorders. Quality of life was evaluated using the WHOQOL-BREF instrument, and the prevalence of anxiety disorder was evaluated by the Mini International Neuropsychiatric Interview (MINI). Results: Patients with diabetes had a higher prevalence of generalized anxiety disorder, panic disorder, and obsessive-compulsive disorder. The presence of these disorders in combination with type 2 diabetes was associated with worse quality of life in the physical, social, psychological, and environmental domains. Conclusions: This study demonstrates the importance of diagnosing and treating anxiety disorders in patients with diabetes, so as to prevent more serious complications associated with these comorbidities.

O presente estudo objetivou conhecer os limites e possibilidades referentes às orientações realizadas pelos Agentes Comunitários de Saúde-ACS sobre a utilização de medicamentos pelas famílias atendidas pelas Estratégias de Saúde da Família-ESF. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, descritivo-exploratória e de campo. Aplicou-se entrevista semiestruturada com 15 ACS de oito unidades da Estratégia de Saúde da Família de um município do extremo sul de Santa Catarina. Os dados foram analisados pela categorização de dados. Os maiores problemas relatados pelas ACS na utilização das medicações pelas famílias foram relacionados a: armazenamento de medicação; automedicação; horário e quantidades incorretas; interação e reação adversa dos medicamentos; dificuldade de entendimento e adesão das famílias às orientações; e uso associado de plantas medicinais com medicações de uso contínuo. Sugere-se a partir dos resultados da pesquisa a capacitação das ACS para o uso racional de medicamentos, sendo que essa atividade poderá ser desenvolvida pelos farmacêuticos dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família-NASF. A assistência farmacêutica na ESF pressupõe uma mediação entre o saber das ACS e o saber das famílias assistidas, o que implica a escuta atenta, diálogo mútuo, identificando as necessidades dos familiares e busca da formação de vínculos com a comunidade e o uso racional de medicamentos.