A água produzida é um efluente da indústria de óleo e gás gerada em grandes quantidades. Seu descarte, sem o devido tratamento prévio, pode ocasionar impactos negativos não só ao meio ambiente como também à saúde humana. Isso ocorre porque a água produzida, além de possuir alta salinidade, é composta por metais pesados, partículas de óleos e compostos químicos com propriedades tóxicas. Dentre os seus componentes, os hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (HPAs) são um dos grupos mais preocupantes. Os HPAs são poluentes orgânicos de natureza carcinogênica, recalcitrantes, que, apesar de sua toxicidade, podem ser removidos e degradados por microalgas e cianobactérias a partir de três mecanismos: ficoadsorção, ficossorção e ficodegradação. Mediante ao exposto, esta revisão tem por objetivo fornecer uma visão geral acerca dos mecanismos de remediação dos hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (HPAs) por microalgas e cianobactérias. Esta revisão leva em consideração o ponto de vista da bioeconomia circular, onde a biomassa das microalgas e cianobactérias são consideradas uma potencial fonte de elementos essenciais para geração de bioprodutos como biocombustíveis e biopolímeros.
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