Resumo No último quartel do século XIX ocorreram inúmeros embates em defesa da renovação dos conteúdos de história no espaço escolar brasileiro. Um dos principais eixos norteadores das discussões era atinente à ampliação da História Pátria na disciplina História, que até então privilegiava a experiência clássica europeia. Neste artigo analisamos o processo de construção do espaço paulista e a defesa da História do Brasil na escrita da história escolar do intelectual paulista Américo Braziliense. Tem-se como fonte central o livro escolar, publicado em 1876, que reverberava o deslocamento do eixo espacial da corte para a província de São Paulo, no âmbito do processo de construção da cultura política republicana paulista após a Convenção de Itu (1873).
Esmeralda Masson de Azevedo é uma importante professora do ensino primário do Rio de Janeiro ao longo da Primeira República. Ela tornou-se uma das mais proeminentes autoras de livros escolares para crianças, voltados para diferentes disciplinas como Aritmética, Geografia, Corografia e História. O propósito é compreender as concepções pedagógicas e o uso de pinturas históricas produzidas no âmbito da Escola Nacional de Belas Artes na escrita da história para crianças. O livro “Lições de História do Brazil”, publicado em 1913, expressa as inovações pedagógicas acerca da didática da história e estabelece o uso de pinturas históricas como recurso para a construção de cenários e episódios de uma história nacional.
29 de março de 1902. Nas instalações do Atheneu, na sala onde funcionava a Biblioteca Pública Estadual, ocorreu uma reunião solene, com alguns dos principais nomes da intelectualidade norte-rio-grandense. Ao iniciar a reunião, Olympio Manuel dos Santos Vital destacou a relevância do momento para o mundo das letras na cultura potiguar, pois o estado finalmente passava a abrigar uma instituição voltada para a preservação da memória estadual e com o desígnio de promover a escrita da história pátria e, especialmente, do Rio Grande do Norte. Nascia assim o Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte, instituição que se tornou, ao longo do século XX, o principal centro de produção historiográfica do estado. Nesse texto propomos analisar os discursos acerca da fundação do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte as concepções de escrita da história local defendidas no âmbito institucional nos seus primeiros anos de funcionamento.
ResumoAs peregrinações constituem uma das principais facetas do catolicismo no mundo ocidental. Elas estão presentes na cultura judaico-cristã e em pleno século XXI ainda exercem um papel relevante no processo de congregação de devotos. Este artigo se debruça sobre duas peregrinações devotadas a Nossa Senhora Aparecida em Sergipe, ambas instituídas no primeiro decênio do século XXI. A primeira, designada em 2004, ocorre no sertão sergipano, no município de Nossa Senhora Aparecida. A segunda, criada no mesmo ano, ocorre na periferia da capital sergipana, no Conjunto Bugio, onde há um santuário mariano. Com esse exame, pretendemos entender a constituição, pautada no uso de diferentes linguagens da cultura religiosa, de novos santuários em torno de devoções tradicionais em Sergipe no tempo presente.
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