Resumo: A importância de Maio de 1968 para a história contemporânea mundial é inegável. Sua representatividade é tão grande que, mesmo passados mais de cinquenta anos, há intelectuais e artistas que o debatem expondo suas muitas controvérsias. Foi o caso da Mostra 68 e depois, que trouxe várias visões sobre o ocorrido por meio de longas e curtas metragem. Dentre elas optou-se construir este artigo por meio de um diálogo entre os filmes O fundo do ar é vermelho, de Chris Marker e Morrer aos trintas anos, de Romain Goupil, atravessado pela visão de Julia Fagioli, em sua tese de doutorado Por que as imagens se põem a tremer? Militância e montagem em O fundo do ar é vermelho, de Chris Marker e de Alain Badiou exposta no livro A hipótese comunista. Como recorte específico busca-se o embate entre a velha representada principalmente pelo Partido Comunista e a nova esquerda, que teve naquele evento de 68 em Paris, o marco específico para seu surgimento, deixando rastros e sementes que ainda repetem, diferente, de maneira efervescente em grande parte do mundo, inclusive o Brasil de Junho de 2013.Palavras-chave: Maio de 68; esquerda clássica; nova esquerda; cartografia.Abstract: The importance of the cultural and political events of May 1968 in Paris for contemporary world history is undeniable. Its representativity is so great that, even after more than fifty years, intellectuals and artists still debate it exposing its many controversies. It was the case of the event “Mostra 68 e Depois” (Exhibition 68 and after), that brought together, in Belo Horizonte, Brazil, several perspectives on the historical readings of the May 68 cultural and political events by means of long and short films. Among these films this paper chooses A Grin without a cat, by Chris Marker, and Half a Life, by Romain Goupil, and attempts to bring them together in a critical analysis based on the study Julia Fagioli puts foward in her doctorate thesis Why the images start shaking? Militancy and assembly in A grin without a cat, by Chris Marker, and Alain Badiou’s view in The Communist Hypothesis. Specifically, this paper deals with the clash between the old left, represented mainly by the Communist Party, and the new left, which emerged in the multiplicity of political events of 68 in Paris, leaving marks that still today resonates profoundly and in different ways in much of the world, including Brazil in June 2013.Keywords: May of 68; classic left-wing; new left; cartography.
O presente trabalho trata da convergência e da disputa entre setores da Igreja Católica e Terceiro Setor pela pauta de segurança e posse e da urbanização de vilas e favelas no Brasil na década de 80. Aborda-se o caso da Associação Voluntários para o Serviço Internacional (AVSI), ONG italiana que chega ao Brasil em 1981 como organização vinculada ao movimento religioso Comunione e Liberazione e torna-se no início dos anos 1990, a partir das experiências desenvolvidas em Belo Horizonte, uma ONG reconhecida internacionalmente como especialista em intervenções estruturais em assentamentos informais. Trabalha-se aqui com a hipótese de que a chegada da AVSI no Brasil coincide com um momento de transição, em que a questão urbana, sob a perspectiva dos excluídos das ações e políticas estatais, deixa de ser terreno de atuação da Igreja Católica e passa progressivamente a ser campo de interesse de ONGs e financiamentos internacionais. Abordase esta organização a partir de uma abordagem transescalar, sob duas grandes perspectivas opostas – a resistência católica ao processo de secularização e a expansão do capital financeiro internacional.
Os anos 1980 são marcados por uma nova razão de mundo. Esta, juntamente com outros dois elementos com os quais se articula, passa a estruturar as disputas de poder. São eles: o neoliberalismo, a globalização e a internet, que se desenvolvem, com as transformações da técnica, como bases de uma outra composição social. Este artigo traz reflexões sobre as possibilidades de uma resistência antiglobalização – ou por uma outra globalização – que articula rua e rede, local e global, e subverte a ordem vigente usando ferramentas próprias do arcabouço hegemônico. Essa resistência trabalharia em rede, disputando narrativas e desvencilhandose da vigilância dos poderes instituídos. Conseguem esses novíssimos movimentos sociais criar espaços de autonomia ou são engolidos pelas metamorfoses capitalistas? Busca-se tocar em algumas dessas questões analisando, especialmente, o 15M espanhol, que se articula com outros levantes do novo ciclo de lutas, como a Primavera Árabe, o Occupy Wall Street e as Jornadas de Junho de 2013.
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