RESUMOA cronicidade da doença interfere sobremaneira na dinâmica familiar da criança. Dependendo da complexidade e da gravidade da doença crônica, as famílias permanecem longos períodos no hospital, são submetidas a várias internações junto com a criança, perpassando pelos diferentes serviços de saúde e compartilhando perdas, limitações e cuidados, sofrendo abalos em seu ciclo, mudança de papéis e funções. Sendo assim, objetivou-se apreender a percepção do cuidador familiar de crianças com doença crônica acerca da atenção prestada na trajetória do adoecimento pelos serviços de saúde, por meio de estudo descritivo-exploratório de abordagem qualitativa, desenvolvido entre abril e junho de 2011. Realizaram-se entrevistas com sete mães de crianças com doença crônica em uma unidade de pediatria de um hospital público em João Pessoa (Paraíba). Os dados foram interpretados mediante a técnica de análise temática. Foram construídas duas categorias: "Cuidador familiar, a trajetória do diagnóstico de doença crônica da criança nos serviços de saúde" e "Confirmação diagnóstica e as repercussões da doença crônica da criança na família como unidade primária do cuidado". Apreendeu-se que a família enfrenta um processo de cuidado permeado por uma trajetória de enfrentamentos, mudanças, conflitos, impacto, preocupações, insegurança e medo, surgindo desafios inerentes ao adoecimento e ao assujeitamento aos serviços de saúde durante o trajeto do diagnóstico e tratamento. Evidencia-se a importância de ampliar o significado de atender as necessidades da criança com doença crônica e sua família nos serviços de saúde a fim de prestar cuidado integral e resolutivo, apreendendo a família como unidade primária do cuidado à criança.Palavras-chave: Família. Cuidado. Criança hospitalizada. Doença crônica. INTRODUÇÃOAo longo da história, a família tem sido o grupo social primário no qual os seres humanos aprendem e interiorizam as bases do cuidado, especialmente da criança. Esta relação de interdependência entre os seres humanos corresponde a uma ética do cuidado. A família tem um papel fundamental no bem-estar e na saúde de seus membros, podendo reduzir transtornos causados por necessidades de hospitalizações e minimizando agravos e internações frequentes, como na situação do tratamento da criança com doença crônica (1)(2) . A cronicidade da doença da criança, por vezes, faz com que a família se sinta responsável por amenizar os efeitos desencadeados nesse processo, em busca de promover seu desenvolvimento e crescimento de forma mais satisfatória possível, passando, portanto, a compartilhar perdas, limitações e cuidados, sofrendo abalos em seu ciclo, mudança de papéis e funções. Nesse contexto, o cuidado familiar é considerado um recurso para o profissional ampliar o nível de atenção à saúde, assumindo esse olhar como parte de sua práxis e prática profissional. Assim, o cuidado em pediatria significa envolver a criança e a pessoa significativa para ela nesse cuidado; ou seja, envolver sua família, representada pelo cuidador familiar (1,(3)(4...
Introduction:chronic conditions are complex health problems that require continuous and multidisciplinary care. When they affect children/adolescents, they require hospitalizations and periodic and long-term follow-up. Understanding the geographical distribution of these conditions will provide greater visibility to the problem and support the decision-making process. Objective: detect the spatial clusters of chronic health conditions affecting children and adolescents in the state of Paraíba, Brazil. Methods: ecological, retrospective, study employing secondary data from the Information System of Children and Adolescents with Chronic Disease from a reference hospital in the state of Paraíba, Brazil, covering the period from 2015 to 2017. The Spatial Incidence Ratio and the Spatial Scan statistic were used for the data analysis. Results: a concentration of spatial clusters was observed in the Mata Paraibana mesoregion, an area where the public hospital service is located, which functions as a reference in the recurrent hospitalizations of this population with chronic conditions. Conclusion: the detection of spatial clusters can help public managers to recognize the priority areas for the monitoring of chronic conditions in children and adolescents.
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