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RESUMOOs jabutis são quelônios de ampla distribuição geográfica e desde muito tempo mantém uma relação próxima com os seres humanos. Devido aos aspectos anatômicos e funcionais do seu exoesqueleto, as fraturas e queimaduras são afecções recorrentes e diversos recursos tecnológicos têm sido adaptados para a correção desses problemas. Por esse motivo, o objetivo desse trabalho é relatar o uso de cera ortodôntica à base de parafina e polietileno como substituto dos escudos epidérmicos da carapaça de um jabuti-piranga (Chelonoidis carbonaria) vítima de queimaduras. Deu entrada no ambulatório do Centro de Aprendizagem e Manejo de Animais Silvestres da Universidade Federal de Sergipe, campus do Sertão, um jabuti-piranga (C. carbonaria), macho, adulto, pesando 3,960 kg, com histórico de queimaduras em cativeiro. Demonstrando-se lesões de 1º grau em membros torácicos e pélvicos, bem como, perda dos escudos epidérmicos vertebrais, pleurais, e dos V, VI, VII, VIII, X e XV escudos marginais. Após a estabilização e tratamento das feridas, o paciente foi avaliado por fotogrametria através do Software SOLIDWORKS® de CAD 3D e submetido ao enxertamento sintético da carapaça lesionada, com a utilização de lâminas de cera ortodôntica à base de parafina e polietileno com protocolo específico, mantendo-se ao término o formato convexo e arqueado, coloração na tonalidade rosa, espessura de 3,4mm e peso de 225 gramas, com resistência ao impacto e impermeabilidade à água. O que garantiu melhor qualidade de vida, proporcionando proteção ao exoesqueleto e órgãos internos. Com isso, destaca-se a necessidade de novos estudos para a aplicação em outras espécies.