Introdução: A saúde do trabalhador consiste na correlação entre trabalho, saúde, doença e suas repercussões. Objetivo: Avaliar o perfil epidemiológico de profissionais da Unidade de Pronto Atendimento (UPA), correlacionando os fatores de risco e a prevalência de comorbidades nesse grupo. Método: Trata-se de um estudo transversal, realizado com 1625 indivíduos que trabalham nas Unidades de Pronto Atendimento (UPA) no estado do Ceará. A coleta de dados aconteceu nas dependências do Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho – SESMT da referida instituição de saúde. Resultados: Os 1625 indivíduos foram divididos em 28,1% médicos, 53,6% profissionais da saúde não médicos e 18,3% profissionais que não eram da saúde. Dentre os médicos 47,9% estavam em normopeso, 99,1% são não tabagistas, 60,5% praticam atividade física e 87,4% classificaram-se em normotensos. Dos profissionais da saúde não médicos 34,1% estavam em sobrepeso, 99,4% não são tabagistas, 55,5% não praticam atividades físicas e 71,1% classificaram-se em normotensos. Já o grupo dos profissionais que não são da saúde 31,6% apresentavam-se com sobrepeso, 99,3% não eram tabagistas, 60,5% negaram práticas de atividade física e 69,0% classificaram-se em normotensos. Conclusão: Os resultados do estudo mostram que a hipertensão é uma doença prevalente nos trabalhadores da área da saúde, principalmente no sexo masculino e nos obesos, ressaltando a importância de políticas de saúde que incentivem mudança do estilo de vida.