Considerando os problemas históricos brasileiros relacionados à desigualdade social, escravidão e encarceramento da juventude marginalizada e negra, este estudo analisa os níveis de ansiedade e depressão e o impacto da visão de futuro e dos objetivos e dos consumos de álcool na saúde mental desta população (N= 175). Os instrumentos utilizados foram o Questionário de Dados Pessoais e Projetos, a Escala de Sentimentos para o Futuro e os Inventários Beck de Ansiedade e Depressão. Os resultados trazem interessantes análises a respeito dos níveis de adoecimento mental de jovens infratores institucionalizados, consumos de entorpecentes, bem como o impacto dessas medias em projetos de futuro.
Com enquadramento de modelos ecológicos e empoderamento social, este estudo analisa relações entre contextos e níveis de ansiedade, depressão, controle sociopolítico e perspectiva de futuro dos jovens infratores institucionalizados (N= 175), em três centros do Distrito Federal de Brasília. Numa subamostra (n =52) é ainda analisada a relação entre dados dos jovens e de profissionais dessas instituições. Na amostra total, a análise de variância (Anova) com fator centro (contexto) em três níveis, os jovens obtêm resultados médios superiores em controle sociopolítico e baixos em ansiedade, num dos centros. Através de tabelas de contingência, observa-se que no mesmo centro, as motivações dos profissionais são mais intensas e há diminuição dos receios de insegurança. Também se observam correlações entre resultados da motivação dos profissionais e os dos jovens em bem-estar e controle sociopolítico. Na conclusão, sublinha-se a tendência sistemática dos dados, em que os níveis de envolvimento sociopolítico e bem estar acompanham a intensidade da motivação intrínseca dos profissionais. Estes dados lançam elementos reflexivos para a intervenção que deve abranger profissionais e adolescentes, tal como preconizado pelas teorias ecológicas e de empoderamento social.
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