No Brasil o Pantanal localiza-se entre os Estados de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, além da Bolívia e do Paraguai. Desde os anos de 1970 a região vivencia transformações sociais, culturais, econômicas e dessas com a natureza, promovidas pela pecuária e pelo turismo. O turismo participa do processo de mercantilização do Pantanal, espetacularizando a natureza. O objetivo desse artigo é compreender a espetacularização da natureza como um dos elementos que compõem as novas relações entre as gentes pantaneiras e a natureza.
RESUMO:A atividade turística está em processo de desenvolvimento no Pantanal/MS desde meados do século passado. Considerando a extensão de terras pantaneiras, optou-se por delimitar espacialmente a pesquisa, sendo definida a comunidade Passo da Lontra, localizada na Estrada-parque Pantanal, às margens do Rio Miranda, porque faz parte da gênese do turismo na região. Desde o início da organização para o turismo, a população local vislumbra a possibilidade de ocupação nos empreendimentos turísticos instalados naquele espaço. A pesquisa discute os conflitos e as contradições entre empresários/as e empregados/as do turismo, e apresenta as categorias de trabalho ali empreendidas, com o objetivo de “Compreender as relações de trabalho na atividade turística, travadas entre patroas/ões e empregados/as na comunidade Passo da Lontra”. A metodologia apoia-se na observação participante, em entrevistas estruturadas, ações de campo e análise qualitativa dos dados coletados, referenciada em estudiosos do turismo, da geografia, da história, da sociologia, da antropologia e em pesquisadores/as da especificidade pantaneira. A pesquisa possibilitou a compreensão da engrenagem do trabalho na prática do turismo entre as pessoas que vivem na área da investigação.
O papel da mulher é fundamental para revelar novas territorialidades em uma região rural complexa social e ambientalmente como o Pantanal, onde a produção do espaço inicialmente aconteceu a partir da pecuária de corte, a qual, no final do século passado passou a ser compartilhado com a atividade turística. Nesse universo, a mulher pantaneira ocupa uma posição de destaque, mostrando-se integrada ao mundo do trabalho construído no país como um todo. Mesmo assim, em geral é pouco qualificada, mal remunerada e as atividades desenvolvidas representam a extensão do trabalho doméstico. Entretanto, é através do trabalho que o empoderamento ocorre, seja pela valorização da renda no âmbito familiar, ou pela afirmação identitária. Esse artigo discute os meandros do viver pantaneiro a partir da mulher, e tem como objetivo central é analisar o papel da mulher na produção do espaço turístico pantaneiro. O recorte espacial da pesquisa é a comunidade ribeirinha do Passo da Lontra, sub-região do Pantanal do Abobral, município de Corumbá (MS). A metodologia contou com revisão bibliográfica e trabalho de campo, com entrevistas estruturadas e semiestruturadas, analisadas à luz da geografia.Palavras-chave: Pantanal; Mulheres; Turismo; Trabalho.
Em março de 2020 a Organização Mundial da Saúde – OMS reconheceu a situação de pandemia da Covid-19, em função das altas taxas de disseminação, provocando a paralização de setores econômicos, sociais e culturais, representativos. O processo de readequação à realidade posta instigou um grupo de pesquisadoras do turismo a compreender os mecanismos advindos desse período histórico e social. Este artigo tem como objetivo apresentar um diagnóstico dos impactos da pandemia pela Covid-19 no Pantanal de Mato Grosso do Sul, a partir da análise comparativa dos dados referentes ao ano de 2019 e 2020. Em associação à atividade turística nas cidades de Aquidauana, Corumbá e Miranda - delimitação espacial da investigação e às intensas queimadas que assolaram o Pantanal em 2020. A metodologia envolveu análise comparativa de dados da cadeira produtiva do turismo, além do levantamento bibliográfico, documental e entrevistas com agentes públicos e privados do turismo. Tanto a pandemia quanto as queimadas contribuíram para a diminuição do turismo no Pantanal, o qual, após a adoção de medidas de biossegurança definidas pela OMS, apresenta uma movimentação lenta e gradual a partir de pequenos deslocamentos, ou seja, um crescimento do turismo local, considerando que os/as empresários/as e trabalhadores/as do turismo estão se organizando para a retomada da atividade, com a recuperação do ambiente e ao mesmo tempo se adequando as medidas de biossegurança.
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