Objetivo: analisar se a qualidade do autocuidado de indivíduos submetidos à hemodiálise sofre interferência do fator sexo. Método: estudo descritivo e analítico, realizado com 24 pacientes que realizam tratamento hemodiálitico com vaga fixa em uma unidade hospitalar do Sistema Único de Saúde do Distrito Federal. Foram utilizados os instrumentos: questionário sociodemográfico, para caracterização da amostra, questionário de autorrelato, para conceituação do termo autocuidado e avaliação da autopercepção quanto ao diagnóstico de doença renal crônica e a “Escala de Avaliação da Capacidade de Autocuidado Revisada” - ASAS-R, que avalia a capacidade para o autocuidado. Os dados foram tabulados com o auxílio do programa Excel e analisados por meio de análise qualitativa, análise de conteúdo e soma simples. Resultados: Inicialmente apresentamos ilustrações por meio de nuvem de palavras dos resultados da conceitualização do termo autocuidado pelos participantes do sexo feminino e masculino. Na segunda parte, descrevemos a percepção dos participantes quanto à gravidade do próprio diagnóstico de doença renal crônica demonstrando que tanto homens quanto mulheres acreditam ser uma condição de saúde grave. Por último, constatamos que dentre os participantes as mulheres apresentaram um escore total de 53,2 e os homens 55,1 na ASAS-R, indicando um moderado agenciamento de autocuidado. Em relação às diferenças nas habilidades de autocuidado foi demonstrado que as mulheres apesar de serem mais abertas em relação aos cuidados com a saúde procuram se cuidar apenas quando estão sob ameaça, enquanto que os homens dedicam um tempo exclusivo para se cuidarem. Em ambos os grupos o fator desanimo apareceu como sendo um dificultador para o autocuidado. Conclusão: indivíduos em tratamento hemodialitico apresentaram adequado agenciamento para o autocuidado, independentemente do sexo.
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