Introdução: A introdução alimentar precoce é uma prática frequente no Brasil, envolta por diversos fatores de ordem social, cultural, econômica, familiar, emocional, bem como relacionados às condições de vida e assistência à saúde. Objetivo: Identificar os principais fatores que se associam a introdução precoce de alimentos em crianças de zero a seis meses de vida, atendidas na Atenção Primária à Saúde de um município do Sudoeste da Bahia. Metodologia: Estudo transversal, realizado com 75 mães e crianças atendidas na rede de saúde de Jequié, Bahia, no período de março a agosto de 2018. Empregou-se Regressão de Poisson com variância Robusta para avaliar a associação. Resultados: A prevalência da introdução alimentar precoce na população em estudo foi de 64%, sendo o leite de vaca, água/chá e fórmula infantil os alimentos mais prevalentes. Observou-se que a variável uso de chupeta (RP=1,21; IC95%= 1,02-1,43) apresentou associação positiva com a introdução alimentar precoce, enquanto que as variáveis uso de mamadeira (RP= 0,08; IC95%= 0,02-0,28) e orientações sobre amamentação (RP= 0,77; IC95%= 0,63-0,95) apresentaram associação negativa e inversa com o desfecho estudado. Conclusão: Apesar da superioridade do leite materno sobre outras formas de nutrir as crianças menores de seis meses, os resultados deste estudo revelaram elevada prevalência de introdução alimentar precoce na população estudada e sua associação com o uso de chupetas. Sugere-se que ações de promoção e proteção da amamentação exclusiva aconteçam desde o pré-natal, evidenciando também os riscos da introdução alimentar precocemente.
Introdução: o aleitamento materno exclusivo deve ser promovido e fortalecido em todas as esferas públicas, especialmente na Atenção Primária à Saúde (APS), que tem o pré-natal como elemento importante para assistência e acompanhamento da mulher durante a gestação. Objetivo: identificar a associação entre assistência pré-natal e amamentação exclusiva em crianças menores de seis meses acompanhadas na APS em um município do Sudoeste da Bahia. Metodologia: estudo transversal, envolvendo 75 mães/crianças de zero a seis meses cadastradas no programa de Crescimento e Desenvolvimento do serviço de saúde do município de Jequié, Bahia, no período de março a agosto de 2018. Empregou-se o Teste de Qui-Quadrado de Pearson, para avaliar associação entre variáveis da assistência pré-natal e amamentação exclusiva. Resultados: a prevalência de aleitamento materno exclusivo registrado neste estudo foi de 36%. Observou-se que, mães com mais de seis consultas de pré-natal durante a gestação apresentaram maior prevalência de amamentação exclusiva (55,2%; p=0,019). A variável orientações sobre amamentação exclusiva no pré-natal não foi estatisticamente associada ao desfecho (0,457), porém descritivamente identificou-se que as mães que tiveram orientações durante o pré-natal apresentaram tendência de amamentar exclusivamente (56,7%; p= 0,457). Conclusão: a assistência pré-natal pode ser considerada elemento protetor na prática da amamentação exclusiva, e por isso a promoção e apoio ao aleitamento materno deve ser fortalecida na APS.
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