Este artigo se propõe a recuperar informações sobre a história de vida de uma importante urna funerária marajoara que integra o acervo arqueológico do Museu Paraense Emílio Goeldi, de modo a refletir sobre ações museais que tendem a desconectar objetos de seus contextos e individualizá-los. Ao analisarmos outros objetos encontrados no mesmo contexto arqueológico e evidenciar sua individualização e visibilização privilegiada em ações de extroversão, percebemos a construção de uma relação diferenciada entre objeto e público. A partir da análise de sua história de vida, avaliamos que uma nova proposta de alocação espacial da urna dentro da reserva técnica, junto às peças de seu contexto original de deposição, pode trazer novas possibilidades de releituras e ressignificações às coleções arqueológicas.
Este artigo segue um percurso etnográfico, dado a partir da arqueologia, em torno da replicação artesanal de uma urna marajoara com bastante representatividade local e muito reproduzida por artesãos de Icoaraci (Distrito de Belém) e da Ilha do Marajó. Através dos estudos da sua iconografia, sua replicação artesanal e a persistência das ressignificações contemporâneas de sua imagem me proponho a pensar um pouco mais além do objeto, considerando a importante relação dessa cerâmica com as pessoas que são tocadas por ela.
O presente relato analisa o trabalho colaborativo entre os docentes de estudantes público-alvo da educação especial (EPAEE), tanto do AEE (atendimento educacional especializado), quanto da sala de aula regular. Assim como, reflete sobre o potencial pedagógico da atividade de modelagem em cerâmica no processo educativo dos EPAEE. Para tanto, relata-se e analisa-se uma experiência vivida por professoras e estudantes de uma escola da rede pública de ensino do Estado do Pará, envolvendo as etapas do processo de conhecimento e produção artesanal cerâmica dos quais estudantes e professoras foram protagonistas. O relato resgatou escritos e registros fotográficos da experiência em questão e na sequência procedeu-se com as respectivas análises. O estudo tem como base teórica autores do âmbito da educação, psicologia e antropologia. E os resultados demonstram que o trabalho colaborativo e as vivências desenvolvidas dentro e fora da escola contribuíram para a inclusão dos estudantes, qualificando o processo educativo por meio das experiências sensoriais e da diversidade sociocultural que o fazer cerâmico propicia.
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