O artigo propõe uma explicação para as variações das taxas de homicídios no Brasil nas duas últimas décadas. A partir da comparação de experiências etnográficas vividas no universo faccional de quatro capitais (São Paulo, Porto Alegre, São Luís e Maceió), propomos duas estratégias analíticas: 1) a desagregação de séries quantitativas de taxas de homicídios por perfis de vítimas e 2) a construção de sinopses históricas dos conflitos faccionais locais. Demonstramos como as taxas de homicídio, em perfis sociodemográficos específicos, oscilam a partir das mudanças nos conflitos faccionais locais e puxam as variações das taxas agregadas.Variations in Homicide Rates in Brazil: An Explanation Centred on Criminal Group Conflicts proposes an explanation for the variations in homicide rates in Brazil in the past two decades. Based on the comparison of ethnographic experiences lived in the criminal universe of four capital cities (São Paulo, Porto Alegre, São Luís and Maceió), we propose two analytical strategies: 1) the breakdown of quantitative homicide rate data by victim profile, and 2) the construction of historical synopses of conflicts between factions at the local level. We demonstrate how homicide rates, in specific socio-demographic profiles, oscillate based on changes in conflicts between factions at the local level conflicts, and influence variations in the aggregate rates.
Organização de renato sérgio de liMa rodrigo ghiringhelli de azevedo Este artigo está licenciado sob forma de uma licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional, que permite uso irrestrito, distribuição e reprodução em qualquer meio, desde que a publicação original seja corretamente citada.
O objeto deste artigo é a criação da galeria das travestis no Presídio Central de Porto Alegre, ocorrida no ano de 2012. Tem-se como objetivo analisar o espaço conhecido como “3a do H” a partir do tema da estrutura e da ação na teoria social contemporânea, conferindo-se ênfase às contribuições de dois autores que buscaram sintetizar essas dimensões do social: Anthony Giddens e Pierre Bourdieu. Os dados utilizados advêm da participação em duas pesquisas – a primeira, envolvendo as experiências de travestis com o sistema de segurança pública do estado do Rio Grande do Sul, e a segunda ocupada com a compreensão das relações de poder internas ao PCPA. Argumenta-se que a galeria resultou das práticas sociais de variados atores – que, de modos distintos, repercutiram em um mesmo resultado. Ademais, embora a galeria tenha flexibilizado as regras estruturais referentes à transfobia no espaço carcerário, tal mudança coexistiu com sua reprodução no univ erso prisional.
Este artigo problematiza, a partir de uma perspectiva de gênero, a proibição do aborto como espécie de violência(s) contra a(s diferentes) mulher(es), demonstrando de que forma os discursos acerca da vida, da moral e do corpo corroboram com as tradicionais concepção de tutela e subordinação femininas, construídas historicamente. A partir de tanto, efetua uma análise dos enunciados proferidos por intermédio do poder judiciário, a fim de apontar o papel desempenhado pelo Direito na reprodução das desigualdades de prerrogativas entre os sexos.
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