Introdução: As fraturas da coluna vertebral são causas potenciais de injúrias da medula espinhal em pequenos animais. Frequentemente, o paciente com trauma toracolombar têm lesões associadas em outros órgãos. Objetivos: Objetivou-se relatar um caso de ruptura da bexiga urinária e fratura completa oblíqua na 5° vértebra lombar e descrever as técnicas cirúrgicas utilizadas. Materiais e métodos: Uma cadela, Shih Tzu, com 5 anos de idade, 5 kg, foi atendido com histórico de trauma há 4 horas pela queda de um botijão de gás cheio na região toracolombar. Paraparesia, disúria, hematúria e dor abdominal eram os sinais clínicos. Ao exame neurológico, a paciente demonstrou dor acentuada na região lombar e propriocepção ausente. O paciente foi submetido ao exame radiográfico da coluna vertebral o qual indicou fratura completa oblíqua na 5° vértebra lombar. Na ultrassonografia abdominal, constatou-se líquido livre na cavidade abdominal. Realizou-se uretrocistografia retrógrada de contraste positivo, confirmando-se a ruptura da vesícula urinária. Optou-se primariamente pela cistorrafia com fio absorvível monofilamentado, padrão contínuo, invaginante Cushing e em 2 planos. Instituiu-se o tratamento clínico para fratura vertebral que incluiu confinamento estrito, imobilização externa e controle da dor (dipirona 25mg/kg SID e tramadol 2 mg/kg SID). Após dois dias, realizou-se laminectomia e estabilização lombar. A fratura em L5 foi reduzida com auxílio de pinça ponta-ponta. Dois parafusos foram colocados tanto na vértebra cranial (L4) quanto caudal (L6) à fratura, com ângulo de 45° de inserção. O cimento ósseo Cimento Ortopédico Veterinário – C-VET foi colocado em torno dos implantes. Efetuou-se o desgaste do processo espinhoso das vértebras L4, L5 e L6. Resultados: No pós-operatório imediato, a paciente foi encaminhada para internação. Foi orientado repouso absoluto por 15 dias. No sétimo dia, o animal deambulava sem dor e urinava normalmente. Após 30 dias, a paciente não apresentava alterações clínicas neurológicas, recebendo alta. Uma intervenção terapêutica rápida limita a extensão da lesão neuronal, favorecendo a recuperação do paciente. Em cães com preservação da percepção de dor profunda, o prognóstico é favorável. Conclusão: Conclui-se que em casos com histórico conhecido de traumatismo vertebral deve-se avaliar o paciente quanto a lesões concorrentes para um resultado pós-cirúrgico satisfatório.
RESUMO -A síndrome compartimental é uma afecção que leva à isquemia e necrose dos tecidos envolvidos, gerando graves lesões quando não identificada precocemente. Este trabalho relata o caso de uma gata de 3 anos de idade, sem raça definida, com aproximadamente 3,2 kg, atendida em uma clínica na cidade de Cuiabá-MT, com fratura proximal completa de rádio e ulna no membro torácico direito. O paciente foi submetido à cirurgia (osteossíntese de rádio e ulna), 36 horas após o procedimento cirúrgico foram observados sinais da síndrome como diminuição da temperatura do segmento distal -3 cm abaixo da fratura, cianose, ausência de dor e propriocepção. Diante desses sintomas foi realizado fasciotomias na tentativa de recuperar a perfusão sanguínea. Após 7 dias de tratamento, não foi possível reverter o quadro da síndrome, resultando em amputação do membro acometido. Logo, trata-se de uma afecção grave, subdiagnosticada que não apresenta descrições prévias na literatura nacional, e quando negligenciada enseja em amputação.Palavras-Chave: felino; isquemia; necrose; ortopedia. ABSTRACT -The compartmental syndrome is a condition, which leads to ischemia and necrosis of the tissues involved, causing, if not identified early severe injuries. We report here the case of a 3-year-old mongrel cat, with approximately 3.2 kg treated at a clinic in Cuiabá-MT, with complete fracture of the proximal radius and ulna in the right forelimb. The patient underwent surgery (osteosynthesis radio and ulna), 36 hours after the surgical procedure were observed signs of the syndrome as the decrease of the temperature 3 cm distal to the fracture, cyanosis, absence of pain and proprioception. Confronted with these symptoms fasciotomy was conducted in attempt to recover the blood perfusion. After 7 days of treatment, it was not possible to reverse the syndrome picture, resulting in amputation of the affected limb. So it is a serious condition, underdiagnosed that has no previous descriptions in the national literature, and when neglected leads in amputation.
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