Índices climáticos como o de Anomalia de Chuva (IAC) permitem o desenvolvimento de sistemas de monitoramento de períodos secos ou chuvosos e facilitam a comunicação de informações sobre anomalias climáticas para diversos setores da sociedade. Neste sentido, o objetivo deste trabalho foi avaliar o IAC da região central do Estado do Espírito Santo considerando a metodologia proposta por Rooy (1965) e adaptada por Freitas (2004) e Araújo (2009). O IAC das estações adotadas foi comparado com os parâmetros das Zonas Naturais do Espírito Santo (Espírito Santo, 1999). Adicionalmente, visando verificar os impactos que o clima global causa sobre a distribuição pluviométrica regional, foram consideradas eventuais influências de El Niño (EN) e La Niña (LN) sobre os valores de IAC obtidos. Os resultados indicam alterações nos padrões das chuvas da região, aparentes contradições em relação ao zoneamento natural do Espírito Santo e, por fim e não menos importante, notável variabilidade pluviométrica nos postos avaliados, circunstâncias que revelam ser imperiosa a realização de mais pesquisas climatológicas na região com enfoque na precipitação pluviométrica. O IAC médio da área de estudo aponta para o aumento da ocorrência de eventos severos, constatação particularmente importante tendo em vista as possíveis implicações negativas na cadeia socioeconômica da região bem como os desastres socioambientais potencialmente associados.
A agricultura de precisão é uma das opções disponíveis para redução de custo no cultivo do café, melhorando a eficiência das adubações, aumentando a produtividade. Neste sentido, objetivou-se neste trabalho avaliar a distribuição espacial dos atributos químicos do solo e a geração de mapas de aplicação de fertilizantes e corretivos do solo a taxas variadas na cultura do café, além de estimar a produção da cultura e a correlação entre a fertilidade e a produção. O experimento foi conduzido na Fazenda Bela Vista, no município de Três Corações, Sul de Minas Gerais em uma área de 2,4 ha de Café Arábica, variedade Mundo Novo 376/4, com 4 anos de idade, plantada no espaçamento de 3,5 x 1 m, totalizando de 2.857 plantas/ha. Para tanto, gerou-se um grid amostral de 35 m x 35 m totalizando 24 pontos amostrais, onde foram coletadas 24 amostras de solo compostas georreferenciadas, sob a projeção da copa do cafeeiro, para análise da fertilidade. Identificou-se e descreveu-se a organização da dependência espacial do pH, M.O, Ca, Mg, V%, P, K e CTC e, as recomendações de Super Fosfato Simples, Cloreto de Potássio, Ureia e Calcário, que foram ajustadas por meio de semivariograma. O emprego da Krigagem possibilitou a elaboração dos mapas, permitindo observar a variabilidade espacial e realizar o manejo de forma localizada e precisa. Pôde-se perceber que a diferença dos atributos químicos nas recomendações convencional e da agricultura de precisão, da mesma forma é compreensível as diferenças a serem aplicadas em cada uma das técnicas.
Objetivou-se analisar a sorção de Lítio (Li) em solos não contaminados de áreas adjacentes à que recebeu rejeito da Barragem de Fundão, por meio de modelos matemáticos e tempo de contato da solução e solo, visando identificar a potencialidade de contaminação do solo e águas subterrâneas. Coletaram-se amostras deformadas de solo, na profundidade de 0 - 20 cm para caraterização química. Posteriormente pesou-se terra fina seca ao ar e colocou-se em béqueres com 20 mL de cloreto de lítio. As concentrações utilizadas foram baseadas na legislação vigente, para classe 1, sendo: 2,3; 5,2; 10,1; 20,3; 30,1 e 50,0 mg L-1 de Li. Para identificação do melhor tempo de contato entre solução e adsorvente, a solução permaneceu em repouso (1, 12 e 24 horas), à temperatura constante de 20 °C. Os parâmetros das isotermas Linear, Langmuir e Freundlich foram ajustados objetivando obter curvas experimentais da solução. Assim utilizou-se o coeficiente de determinação (R2) e teste F. O solo apresenta baixa capacidade de adsorção devido às características químicas, portanto, vulnerável à contaminação das águas subterrâneas. A maior adsorção foi no tempo de 24 horas e o modelo com melhor ajuste aos dados foi o de Freundlich.
Objetivou-se pelo presente artigo revisar os marcos históricos do setor hidrelétrico brasileiro desde o seu nascimento, no final do século XIX, até o ano de 2021. Tal período foi dividido em cinco fases, caracterizadas de acordo com as conjunturas políticas e econômicas, nacionais e internacionais, que formataram o setor hidrelétrico brasileiro. Adotando-se o método bibliográfico, o corpus de pesquisa é composto por relatórios e livros produzidos pelo poder público; dados estatísticos oficiais publicizados por órgãos regulatórios e companhias energéticas; trabalhos científicos (artigos, dissertações e livros), e; legislações de regência. A partir desta revisão narrativa, depreendeu-se que: 1) As hidrelétricas de grande magnitude protagonizaram, no seguimento de infraestrutura, todos os projetos nacionais desenvolvimentistas que ascenderam ao poder no Brasil desde a revolução de 1930; 2) Eventos como o crash da Bolsa de Nova Iorque a 1929 e a Segunda Guerra Mundial evidenciam o quão suscetível é o setor hidrelétrico brasileiro às nuances da geopolítica internacional; 3) Os cenários de insegurança energética não podem ser explicados somente pelas diversas crises hídricas que assolaram o país no período ora analisado, e; 4) A “crise do apagão de 2001” é o principal catalisador da história do setor elétrico brasileiro: Ela desencadeou tanto a execução do último ciclo de projetos hidrelétricos de grande magnitude no Brasil quanto a diversificação da matriz energética nacional, primazia dos esforços regulatórios em curso desde o início deste século.
O presente trabalho avaliou o Índice de Qualidade das Águas (IQA) e a Contaminação por Tóxicos do Ribeirão do Carmo com base nos resultados obtidos pelo programa de monitoramento de qualidade das águas realizado pelo Instituto Mineiro de Gestão das Águas (IGAM) entre os anos de 2010 e 2019 na estação amostral denominada “RD009”, localizada em Monsenhor Horta, distrito do município de Mariana, no estado de Minas Gerais. Foram adotados nove parâmetros mais representativos para a caracterização da qualidade de água e seus respectivos pesos de acordo com sua importância relativa no cálculo do IQA. A contaminação por tóxicos foi classificada em “Baixa”, “Média” ou “Alta” a partir das concentrações observadas de quatorze parâmetros tóxicos. Foi realizada a análise temporal para acompanhamento da evolução do IQA e contaminação por tóxicos além de comparativo com os critérios preconizados na Deliberação Normativa COPAM-CERH nº 01/2008 para classe 2. Os resultados apontam que o IQA ao longo da série histórica considerada é “médio” enquanto a contaminação por tóxicos foi classificada como “alta”. As variáveis coliformes termotolerantes, fósforo total e arsênio total, que apresentaram resultados acima do máximo permitido pela legislação, ao longo de praticamente todo período avaliado, correlacionam-se com as características do uso e ocupação da terra na região. Neste sentido, faz-se necessário que os organismos públicos de gestão e governança de recursos hídricos formulem diretrizes e estratégias de melhoria da qualidade das águas do Ribeirão do Carmo tendo em vista os riscos à saúde da população do distrito de Monsenhor Horta.
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