<p>A dinâmica da medicina tem provocando grande arrepio na sociedade, em virtude dos avanços alcançados no âmbito da biomedicina e da genética que proporcionaram eventos dantes impensados como as técnicas de reprodução assistida, clonagem terapêutica, cirurgias para transmutação de sexo, bem como dos procedimentos clínicos voltados ao prolongamento da vida. Esses eventos não se dão sem provocar dilemas éticos que impõem uma reflexão em torno dos limites e graus de aceitabilidade quanto aos métodos e práticas utilizados por profissionais da saúde, biólogos, cientistas, farmacêuticos dentre outros envolvidos na manipulação de material genético e experimentações com seres humanos. Nessa perspectiva, o presente ensaio, a partir da apreciação analítica dos paradigmas da Bioética, promove a correlação entre dignidade humana, progresso científico e direitos fundamentais das futuras gerações sob os influxos decorrentes dos avanços da ciência e da tecnologia numa sociedade caracterizada pelo risco e a ambivalência. A análise das questões suscitadas é promovida com a utilização da metodologia dialético-descritiva, consubstanciada na pesquisa bibliográfica em torno das questões supramencionadas, envolvendo livros, artigos, dissertações e teses publicadas nos dez últimos anos. O referencial teórico tem assento na concepção de riscos e ambivalências, delineados por Ulrich Beck, Franz Josef Brüseke, Anthony Giddens, Zygmunt Bauman. O estudo aponta a compreensão da necessária incidência bioética do princípio da precaução como farol ético norteador do progresso técnico-científico e a necessária conciliação entre experimentações e legitimidade das escolhas para a manutenção e evolução da espécie humana.</p>
O presente trabalho retrata o cenário aquoso em que os contratos públicos estão inseridos, destacando aspectos relacionados à eficiência, assim como ao regime de repartição de riscos. Esta investigação se justifica pela necessidade de readequar às práticas negociais da Administração Pública, levando em conta as ambivalências, incertezas e instabilidades que incidem sobre a sociedade pós-moderna. Este artigo tem por escopo revelar uma sistemática de distribuição de riscos fundada nos ideais de sustentabilidade e boa governança. Para atingir tal propósito foi empregada a metodologia dialético-descritiva, partindo de um diálogo entre autores da Ciência do Direito e especialistas em modelagem de projetos. Como resultado final da pesquisa ficou evidenciado que a acomodação dos riscos em conformidade à capacidade das partes contratantes e a dinâmica eficiente da Administração.
O recrutamento de amostras para estudos em ciências do esporte pode ser um fator limitante, uma vez que atletas profissionais ou de elite dificilmente quebram suas rotinas para serem submetidos a experimentos. Por esse motivo, os estudos costumam recrutar voluntários que não se enquadram nesse escopo, o que pode gerar alguns equívocos quanto às terminologias para descrição do status de treinamento dos voluntários. Apesar de existirem algumas propostas de classificação do status de treinamento, ainda encontramos um uso indevido de termos nos estudos. Nesse contexto, deve haver um critério bem estabelecido pelos autores para descrever o status de treinamento dos voluntários em relação às características fisiológicas e a terminologia. Portanto, o presente estudo tem como objetivo identificar terminologias para classificação do status e sua relação com o nível de aptidão relatada em estudos sobre ciclismo e corrida desde o ano de 2000. O estudo foi dividido em duas etapas: primeiro, foi realizada uma busca nas bases de dados PubMed, Web of Science e Scopus onde foram selecionados 589 estudos com ciclistas e 414 estudos com corredores. Como resultado, encontramos 34 e 23 terminologias associadas ao status de treinamento de ciclistas e corredores. O V̇ O2máx relativo foi a variável fisiológica mais relatada estando presente em 61,80% dos estudos com ciclistas e 61,11% dos estudos com corredores. Um grande número de terminologias para voluntários com valores relativos de V̇ O2max muito próximos ou idênticos foram encontrados (34 para ciclistas e 23 para corredores). Com base em um resultado não consensual e com o objetivo de elaborar um modelo de classificação mais conciso e concordante quanto à descrição do status de treinamento, na segunda etapa propusemos uma ordenação dos valores de V̇ O2max do menor para o maior valor, separados em quintis. Foi realizada uma metodologia Delphi Consensus na qual especialistas em ciências do esporte foram convidados a opinar tentando chegar a um consenso sobre quais terminologias melhor caracterizariam os níveis de V̇ O2max relativos de ciclistas e corredores. Na primeira fase, foi elaborado um questionário por meio do Google Forms® onde os especialistas deveriam escolher as terminologias que melhor representassem os níveis de V̇ O2máx relativos de ciclistas e corredores. Os cinco termos que obtivessem as maiores frequências de respostas passariam para a segunda fase. Em seguida, os especialistas tiveram que escolher, entre os cinco termos da primeira fase, aqueles que melhor representassem os níveis relativos de V̇ O2max. Para alguns níveis de V̇ O2max apenas um termo foi consenso, enquanto para outros 2-3 termos foram sugeridos. Em conclusão, propusemos uma classificação concisa para o status de treinamento de ciclistas e corredores que poderia contribuir para diminuir a confusão de interpretação e facilitar a descrição e caracterização das amostras em estudos futuros nessas modalidades.
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