O presente artigo se volta ao estudo de parte da obra de Walter Benjamin dedicada à problematização filosófica e política da infância, com o intuito de contribuir para o aprofundamento de discussões no campo da Psicologia a respeito do conceito de infância e seu caráter histórico. Walter Benjamin pode ser considerado um importante interlocutor para indagações críticas em Psicologia em torno da infância e da relação dialógica entre crianças e adultos. Após sugerir a fecundidade da aproximação, o artigo se volta à caracterização de Walter Benjamin acerca da experiência da infância, um dos aspectos mais significativos de seu esforço teórico e político de elaboração de um conceito de história materialista, atenta aos apelos dos vencidos e ao inacabamento do passado.
Há limites a serem considerados quando se trata de pensar gêneros e sexualidades na escola, especialmente em relação às crianças? Como compreendê-los e enfrentá-los? Essas foram algumas das questões propostas para a composição deste dossiê, que agora assume a forma de um conjunto de artigos cujxs autorxs se permitiram desafiar por inquietações diante de cenas da vida social de crianças, em diferentes paisagens, marcadas por discursos e práticas moralizadoras, exclusões, violências e, também, resistências, acionadas pelas próprias crianças em seus movimentos de fuga e escape das redomas erigidas em nome da proteção, da educação e da civilização
Palavras-chave: Experiência. Homossexualidade. Etnografi a.O presente trabalho é fruto de pesquisa desenvolvida na UFF, a partir de investigações etnográfi cas e bibliográfi cas sobre o que chamamos de "experiência homossexual masculina". Inicialmente, abordamos o estatuto teórico do conceito de experiência, a partir do lastro da mesma no pensamento contemporâneo, especifi camente em algumas investigações historiográfi cas do século XX. De posse -provisória -de um entendimento da experiência homossexual como eminentemente histórica, coletiva e, portanto, contingente, lançamo-nos a investigações etnográfi cas em espaços de sociabilidade entre homens "homossexuais" a fi m de relacionarmos a especifi cidade da cidade contemporânea -o Rio de Janeiro -e a natureza dos afetos e dos sentidos compartilhados no bojo de uma experiência sexual e subjetiva singular. Os pesquisadores se inserem nos contextos de pesquisa e produzem textos que tendem à polifonia e à polissemia, já que há vários indícios da cidade, da história recente do nosso estado e de modos coletivos de defi nir-se como "gay". Uma hora do dia, uma música, uma confi guração espacial -como a ausência de gênero nos banheiros coletivos em um dos locais pesquisados -e outros dados indicou-nos a instabilidade do nosso objeto de investigação. Tal instabilidade se revela como um índice histórico de extrema importância para a compreensão pela Psicologia Social de uma experiência sexual minoritária. Buscamos compreender a experiência como dialógica: que espaços da cidade são conquistados? Que desejos e práticas se compartilham em determinados espaços e não em outros? Que sujeitos emergem das práticas e dos encontros? Estas e outras perguntas foram articuladas por nós em diferentes momentos da investigação, levando-nos a constatação de que é necessário construir uma nova abordagem das minorias sexuais em Psicologia Social que considere a problematização metodológica em seu devir histórico e que se nutra da contingência dos modos de defi nição de si mesmo a partir das relações eróticas e afetivas entre homens. O trabalho se sustenta na indissociabilidade entre problematização teórica e investigação etnográfi ca, já que a partir das etnografi as, novos textos eram convocados aos nossos estudos. Apoiando-se na necessidade de esclarecimento metodológi-
From the premise that the child is a dangerous other and that so must be controlled, this essay proposes to accompany – and, someway, to invent – the errant, devious and fag childhood as a possibility field to affirm the life that differs from itself. Understanding with René Schérer, Guy Hocquenghem and Michel Foucault that the childhoods are relegated to an order of institutions that kidnaps them in nonstop, it is, an order of institutions that strongly haunt the childhoods to reap the possibility fields, this text tries to ally with the children and their tricks. Therefore, this writing aims to affirm the child as an analytical category, as a fiction of the remembrance processes. In this adventure, it is the invention processes itself that allies to the memory and makes the concepts and the affects of raciality, gender and sexuality work. Here the child erase the limits of those categories and throw in the air the stability of the existence. Because they are tricky, the errant children do not satisfy themselves with the kidnaped childhood on selling. They laugh and mock on the comfortable childhood stories told in the adult world. The children here presented are powerful because they stablish resistance lines to face the violence, the racism, the compulsory heterosexuality and the misogyny. Tricky, the children just laugh and invite the others with their trail of romp.
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