ResumoAnálise do livro de viagem do naturalista Henry Walter Bates, que esteve na Amazônia no período de 1848 a 1859 estudando e coletando amostras de animais e plantas da região. Destacamos suas observações sobre a cidade de Belém do Pará, ponto de chegada e sua base operacional durante mais de três anos. Tais observações configuram um painel sobre a cidade, com citações a respeito dos mais diversos aspectos de sua vida social, política e econômica. De sua análise, destacamos as representações portadoras de conteúdos ideológicos, como sua leitura sobre a moralidade em uma cidade nos trópicos, em que se percebe a carga ideológica e de pré-conceitos inerente a descrições de realidades estranhas às referências culturais do observador. Por outro lado, pode-se constatar como a cidade, com seu cotidiano e suas práticas, foi vista por alguém desacostumado a seu cotidiano.
AbstractAnalysis by the naturalist Henry Walter Bates's travel book, who lived in Amazônia from 1848 to 1859, studying and collecting animal and plant's samples from the region. We can highlight his observations about the city of Belém do Pará, where he arrived and which was his operational basis for more than three years. Such observations display a panel about the city, with quotes about the most different aspects of its social life, politics, and economy. From his points of view, we point out the representations that carry ideological issues; such as, his views about the morality in a tropical city, in which it is noticeable, the ideological charge and prejudge intrinsic to the descriptions of strange realities, contrasting the observer cultural references. On the other hand, it is possible to visualize how someone not used to its habits witnessed the city, its daily routine and habits.
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A implantação ferroviária na província de São Paulo, na segunda metade doséculo XIX, contou com diversas companhias disputando o serviço de transporte, destacando-se as companhias Paulista, Mogiana, Ituana e Rio Claro. Isto aconteceu porque a atividade nesta região era muito rentável no período, devido à cultura do café. A disputa por transporte configurou-se como disputas territoriais, através de mecanismos como a zona privilegiada, monopólio em uma extensão geralmente de trinta e um quilômetros de cada lado da linha férrea. Era estabelecido no contrato de concessão, privilegiando as companhias que se instalavam antes, o que acabou por engessar o sistema ferroviário, impossibilitando grandes alterações no sistema ferroviário, em detrimento das regiões atendidas. Destacamos aqui algumas dessas disputas em torno da zona privilegiada, particularmente da Companhia Paulista. Essa era uma das maiores companhias ferroviárias da então província, que buscava através da manutenção de sua zona privilegiada, de seu território ferroviário, manter e ampliar seu sistema de transporte e a lucratividade do seu negócio.
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