A análise de cobertura do solo é essencial para conhecer os impactos das atividades antrópicas sobre os recursos hídricos e escolher as práticas conservacionistas para reduzir os danos ambientais. Assim, objetivou-se com o presente estudo analisar a dinâmica espacial e temporal da cobertura do solo na microbacia e zona ripária do rio Gavião utilizando dados de imagens dos satélites Landsat 5 e Landsat 8. No período de 1984 a 2022, foi observado o decréscimo na área de floresta nativa (15,74 para 2,86 km2) e um aumento da área de agropecuária (10,67 para 22,55 km2) e da área urbana (0,00 para 0,57 km2) na microbacia. Na zona ripária, destacou-se a redução da área de floresta nativa de 1984 a 1997 (0,73 para 0,24 km2), aumento de 1997 a 2010 (0,24 para 0,58 km2) e redução de 2010 a 2022 (0,58 para 0,45 km2), e a dinâmica inversa para a área de agropecuária. No ano de 2022, a cobertura do solo era composta por 85,38% e 52,55% de agropecuária, 10,83% e 32,85% de floresta nativa, 2,16% e 0,73% de área urbana, 1,63% e 13,87% de água, na microbacia e zona ripária, respectivamente. A redução da área de floresta nativa diminui a qualidade e disponibilidade de água na região, sendo recomendado a recuperação da floresta nativa na zona ripária ocupada com agropecuária e em parte da microbacia, e práticas conservacionistas nos sistemas agropecuários.