Frente à rotina de estadiamento dos pacientes com neoplasia pulmonar admitidos na enfermaria de cirurgia torácica do Hospital Universitário Pedro Ernesto, frequentemente nos deparamos com casos que possuem indicação de abordagem cirúrgica, porém apresentam prova de função pulmonar evidenciando valores de volume expiratório forçado no primeiro segundo abaixo dos limites de referência admissíveis, contraindicando essa intervenção face ao risco aumentado de morbimortalidade perioperatória. Para que pacientes inelegíveis às cirurgias de ressecção pulmonar possam ter a chance de serem submetidos a esse tipo de intervenção curativa, tem sido investigada a eficácia da intervenção fisioterapêutica na otimização da função pulmonar por meio de exercícios e ventilação não invasiva, no período pré-operatório. Este relato de caso trata da abordagem fisioterapêutica, em uma paciente previamente inelegível ao procedimento proposto, associando ventilação não invasiva a exercícios resistidos de membros superiores. Após duas semanas de tratamento, verificou-se melhora dos valores espirométricos, tornando-a elegível à intervenção cirúrgica.