A miopia ocular, um dos grandes distúrbios que afetam a população jovem, é mediada por fatores estimuladores determinantes, como uso de telas e menor exposição ao ar livre. Durante a pandemia da COVID-19, medidas como uso de equipamentos eletrônicos, aulas remotas, encontros virtuais e reforço do isolamento social, tonaram-se potenciais para o aumento de seu desenvolvimento. O estudo objetivou evidenciar a possível associação entre miopia e exposição a eletrônicos frente à pandemia. Trata-se de uma revisão sistemática da literatura, de caráter descritivo-discursivo, realizada a partir de bancos dos dados científicos Scielo, Pubmed, Lilacs, Science Direct e Google Acadêmico. Foram utilizados os termos em inglês e seus correspondentes em português “myopia”, “myopia and screen exposure” “myopia in children”, “myopia in children and adolescents and screen exposure” e “myopia and pandemic”. Um dos estudos demonstrou a prevalência de miopia sendo três vezes maior em crianças de 6 anos, 2 vezes maior em crianças de 7 anos e 1,4 nas crianças de 8 anos. Notou-se que crianças de 9 a 13 anos não foram afetadas, apesar de terem sido expostas a maior tempo de tela, podendo evidenciar que crianças mais jovens possuem maior risco de adquirir miopia causada por eletrônicos. Outro artigo afirmou que o uso prolongado de telas causa declínio da acuidade visual das crianças expostas. Concluiu-se que a emissão da luz azul violeta pelas telas é fator de risco para possíveis danos futuros na visão, bem como a baixa exposição ao ambiente, demonstrando maior necessidade de orientações educacionais e políticas públicas.
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