A sobreposição cefalométrica dos traçados, inicial e final, constitui o método mais fidedigno na avaliação dos resultados do tratamento ortodôntico. Geralmente, incorporam-se três tipos diferentes de sobreposições: a geral, a maxilar e a man-dibular e, habitualmente, traça-se um primeiro molar superior e um inferior que representam a média de dois dentes, o do lado esquerdo e o do lado direito. Contudo, em más-oclusões com classe de Angle, subdivisão, bem como em alguns casos de extrações assimétricas, os molares dos dois lados deverão estar desenhados. Como objetivo deste trabalho, pretende-se, a partir de um caso clínico, apresentar as sobreposições, direi-tas e esquerdas, a incluir em casos ortodônticos assimétricos. Trata-se de uma paciente adulta que apresentava uma classe II, divisão 1, subdivisão esquerda, de um pré-molar (1 PM). Foi tratada ortodonticamente, com aparelho fixo bimaxilar, com extração dos dentes 16, 46 e 24. Terminou-se com uma classe I canina, bilateral, e, a nível posterior, com uma classe I e II (1PM), à direita e à esquerda, respetivamente. Os resultados da correção são avaliados através da sobreposição cefalométrica, realizada segundo um método linear, com ajuste progressivo dos dois traçados, procedimento igualmente válido em adul-tos. Anexam-se, além de uma sobreposição geral na horizontal de Frankfort (HF), no centro facial (CF), as cinco sobreposições de Ricketts. Como corolário, refere-se que, nos casos ortodôn-ticos assimétricos, em que a mecânica e as necessidades de ancoragem são diferentes dos dois lados das arcadas, é indis-pensável a realização de sobreposições individualizadas do lado esquerdo e do lado direito. As sobreposições cefalométricas, em norma lateral, cons-tituem uma técnica amplamente usada em Ortodontia, no-meadamente na avaliação dos resultados após o tratamento. Contudo, é grande a controvérsia que se associa a este tema. Com o intuito de compreender o estado da arte, efetuou-se uma revisão bibliográfica descritiva tanto em livros e revistas da especialidade como na Pubmed. Das fontes consultadas, em Espanhol, Francês, Inglês e Português, selecionaram-se 80 referências, publicadas entre 1931 e 2017. No seguimento, apresentam-se, de forma ordenada, as técnicas de sobreposi-ção existentes através de algumas classificações que têm por base aspetos diversificados. Aponta-se, ainda, o sistema de codificação internacionalmente aceite e aborda-se a proble-mática da validade e precisão dos métodos. Efetua-se, tam-bém, uma análise descritiva do método de sobreposição de Ricketts, da sobreposição estrutural geral e mandibular de Björk, bem como da sobreposição estrutural maxilar, de Do-ppel, e, além disso, de um método misto, linear e estrutural. Assim, na avaliação comparativa dos resultados finais, deverá incorporar-se uma sobreposição geral, a nível da base do crâ-nio, e duas locais, uma maxilar e outra mandibular. Os traça-dos serão diferenciados através da cor atribuída, segundo as indicações de Steiner. Os métodos estruturais, associados às estruturas anatómicas...
